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ALEXANDRE DE MORAES AUTORIZA ENVIO DE PROVAS CONTRA BOLSONARO PARA INVESTIGAÇÃO SOBRE MILÍCIAS DIGITAIS ANTIDEMOCRÁTICAS / O DIA DEPOIS DE AMANHÃ, SEM O ATUAL PRESIDENTE

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o compartilhamento de provas produzidas contra o presidente Jair Bolsonaro e aliados próximos dele com uma investigação que apura a existência de uma milícia digital com objetivo de atacar as instituições democráticas.
Essas provas foram produzidas pela Polícia Federal dentro do inquérito sobre a divulgação de documentos sigilosos por parte de Bolsonaro. Ao concluir a investigação, a PF apontou que o presidente cometeu crime de violação de sigilo pelo vazamento indevido dos documentos, referentes a uma apuração sobre ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas não apenas isso: a PF disse que a conduta de Bolsonaro se assemelhava à atuação das milícias digitais que divulgam informações falsas para atacar a democracia, por isso pediu o compartilhamento de dados com o outro inquérito.
A decisão do ministro não deixa claro se Bolsonaro também passará a ser investigado no inquérito das milícias digitais. Caberá à Polícia Federal, que conduz o caso, definir diligências a respeito do assunto.
“Verifico a pertinência do requerimento da autoridade policial, notadamente em razão da identidade de agentes investigados nestes autos e da semelhança do modus operandi das condutas aqui analisadas”, escreveu Moraes.
Moraes também autorizou o envio da quebra de sigilo telemático (de dados de celulares e aparelhos eletrônicos) do ajudante de ordens do Palácio do Planalto, o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, com um inquérito sobre a divulgação de informações falsas por parte de Bolsonaro relacionando a vacina contra a Covid-19 com infecção pelo vírus da HIV. (Fonte: O Globo)

O DIA DEPOIS DE AMANHÃ, SEM O ATUAL PRESIDENTE – Por Léo Aversa

Um desses filhos do atual presidente indicou que a culpa da cratera que surgiu no metrô de São Paulo foi de uma suposta contratação de engenheiras mulheres. Sim, leitor, é isso mesmo. Mais uma asneira sem sentido, que de tão falsa e absurda deveria ficar sem resposta. Deveria, mas não fica. O ultraje nos enfurece de tal modo que corremos para os grupos de WhatsApp, para as redes sociais, para a mesa do bar, vociferar contra o disparate vindo da família presidencial. É inútil, na semana que vem eles inventarão algo ainda pior. Quando não o pai, um desses filhos.
As vítimas das fake news podem ser mulheres, nordestinos, negros, “comunistas”. Para eles tanto faz, o importante é ofender, provocar, atiçar seus minions descerebrados, e, claro, causar indignação e revolta de quem está fora do seu cercadinho cativo. Nisso — só nisso — são eficientes. Foi igual na semana passada, será igual na próxima. O truque é velho, mas funciona: as cortinas de fumaça escondem o fracasso do governo e geram engajamento nas redes. O ódio mobiliza muito mais que qualquer outro sentimento — muito mais que o amor e a compaixão, por exemplo — e eles sabem muito bem nadar nesse pântano. É o que querem, afinal está provado que são os adversários que tornam o detestado célebre. Semana após semana, a mesma coisa: um absurdo, raiva generalizada, mais engajamento, mais popularidade.
Ficamos obcecados por esse jogo, mas… O que faremos quando acabar? Esta situação não vai durar para sempre. É até provável que no fim do ano tenhamos outro presidente. O que fazer da vida sem esse bode na sala, ou melhor, no Planalto?
Na suposição de que o próximo presidente seja alguém normal — ou algo próximo a isso — teremos que ocupar o nosso tempo e atenção com outros assuntos. Será, é claro, uma longa readaptação: alguém ainda lembra como é conversar mais de dez minutos sem pronunciar o nome deste presidente? Ou meia hora sem xingar um daqueles ministros tão patéticos como inúteis? Esses personagens, que parecem saídos da “A Praça é Nossa”, se tornaram onipresentes na vida de qualquer brasileiro.
O fim da pandemia vai nos devolver as interações sociais. A saída deste presidente vai nos obrigar a mudar de assunto.
Ainda bem. (Fonte: O Globo)

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