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Sendo o Brasil uma nação governada sob regime democrático, presidencialista, com Congresso eleito e com todos os estados e regiões nele representados e com o poder judiciário aparentemente autônomo, poderíamos acreditar na fábula da independência entre os poderes, mas essa independência é apenas isto mesmo, uma fábula.
É conhecida a promiscuidade envolvendo Presidência da República e Congresso Nacional com seu toma lá dá cá, mensalões e petróleos que tento nos envergonham, como se não bastasse os ministros das altas cortes são indicações do poder Executivo. O governo que se iniciou neste ano tem prometido acabar com essa chaga, mas está encontrando dificuldades, a resistência é muito grande.
Entretanto, nas pequenas cidades país afora, o problema é ainda maior. A relação entre prefeitos e vereadores é de total subserviência, onde os chefes dos executivos municipais, têm os vereadores na conta de verdadeiros empregados mal remunerados, indicando como devem votar, o que devem dizer e sobretudo impondo o presidente da Câmara que lhes seja mais conveniente. O culpado disso ainda é o eleitor, pois passa por ele a decisão do voto, muitas vezes trocado por um agrado qualquer.
As eleições de 2020 trarão novidades na lei eleitoral, não mais serão permitidas as coligações entre os partidos, talvez possa vir daí alguma esperança de mudança nesse triste quadro, talvez possamos sonhar com um poder legislativo que não seja anti sala do poder executivo, caso alguma nova mudança na lei não ocorra até setembro, o que se tratando de Brasil , não seria nenhuma surpresa.
(Marcos Neto é Engenheiro Agrônomo)
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