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O SUICÍDIO NO MUNDO LGBT – Pelo Prof. MAURÍCIO SANTANA

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Quando nascemos diferentes da norma predominante começamos a questionar nossa existência e a possibilidade de eliminá-la vai aos poucos se tornando mais evidente. Quando constatamos nosso interesse pelos meninos e não pelas meninas, somos condenados e passamos a cumprir a penitência imposta pela nossa homossexualidade. De imediato consideramos a possibilidade de por fim a esse sofrimento. A grande maioria dos LGBT já considerou a possibilidade de se matar como solução aos problemas e às dores geradas pela homofobia.
Os principais questionamentos que mais inquietam os LGBT antes de sua tomada de afirmação são: Por que eu nasci assim? Por que sou diferente dos meus colegas? Por que eu não consigo ter os mesmos desejos que eles? Eles zombam de mim por quê? O que eu fiz de errado para ser castigado com essa sina que tanto me expõe, incomoda e entristece? Por que eu não acabo de uma vez com isso? Por que eu não me mato? Esses questionamentos povoaram as mentes de muitos de nós durante grande parte de nossa infância e adolescência. A maioria dos adolescentes que enfrentam a realidade já descrita se mantem vivos por coragem – ou covardia. Coragem de bater de frente com a homofobia; covardia perante a decisão irreversível de por fim à luta contra a exposição e o deboche de nossas diferenças. Mas é crucial destacar que a cada dia em que nos mantemos vivos, a cada batalha que enfrentamos e sobrevivemos vamos acumulamos méritos que só fazem sentido para nós mesmos. Vivos, somos aqueles que chegaram até aqui e enfrentaram barreiras diante das quais muitos valentões fraquejariam.
Os motivos mais comuns que levam os jovens a pensar em tirar a sua própria vida são a consciência de sua atração homossexual, a rejeição de sua orientação sexual para familiares e amigos, ou o abuso verbal, maus-tratos e violência física em decorrência da homofobia. No entanto, é preciso seguir adiante quebrando as barreiras impostas por essa sociedade discriminatória e preconceituosa, pois somos os sobreviventes de nós mesmos. Fomos obrigados a vencer nossas próprias artimanhas, enquanto o inimigo jogava sujo e nos internalizava a homofobia, corroendo-nos por dentro e nos levando a odiar aquilo que somos e que não podíamos ser.

(Maurício Santana, Licenciado em História, Professor da rede Estadual e Privada de Ensino, Pós Graduado em História do Brasil, Gestão Educacional e Mestre em Educação)
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