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E AI, EU SOU NORMAL? – Pelo Prof. Zenildo – ZOOM

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Na rotina dos profissionais de Psicologia é habitual ouvi as seguintes indagações: eu sou normal? Você está me analisando não é? Como se o papel do psicólogo se resumisse a avaliar a normalidade do ser humano. Afinal, o que é ser normal, quem pode ser considerado normal? A definição de normalidade bem como a de anormalidade é relativa, dependendo da sociedade. Do ponto de vista social esses dois conceitos estão baseados nas crenças de determinada comunidade sobre aquilo que considera ideal para uma pessoa conduzir sua vida no contato social. Muitas são as normas adotadas por diferentes culturas para demarcar a adequação de acordo com vários critérios.
A ideia de normal abrange não só o comportamento da pessoa como também sua identidade, suas atitudes, corte de cabelo, gostos, expressões faciais, jeito de falar e a apropriação de contextos e relacionamentos sociais. Aqueles que não obedecem às regras culturais estipuladas são vistos como fora da norma, ou seja, os anormais.
A pessoa considerada anormal psiquicamente perde o direito de responder por seus atos e compromete às vezes de maneira irreversível a sua capacidade mental, a saber, a aptidão para assumir e atender adequadamente a demandas sociais. Mas como avaliar se a pessoa possui capacidade mental? A Psicologia e Psiquiatria possuem uma bateria de testes que avaliam o quadro psicopatológico das pessoas. Ser enquadrado com uma psicose, por exemplo, é ser considerado anormal para as ciências médicas.
A identificação de anormalidade também se relaciona com a perda da liberdade. Liberdade de pensar, de decidir, de ir e vir. Pressupõe-se nessas situações que o indicativo de anormalidade esteja relacionado com o patológico, pois somente o processo mórbido seria capaz de limitar tão severamente a pessoa.
O extremo descontrole de comportamento é considerado como um problema social importante, independente da cultura. Quem segue as regras, se enquadrando nos moldes é considerado normal e quem age diferente do “permitido” passa a ser visto como anormal. Mas quantas pessoas consideradas “certinhas” possuem desvio de condutas, e a aparência não denuncia? Então ser normal ou anormal vai além da obediência às regras.

(Zenildo Santos Silva, Bacharel em Psicologia, especializado em Psicopedagogia; licenciado em Letras Vernáculas pela UNEB. Atende no AEE – Atendimento Educacional Especializado, no acompanhamento de crianças com necessidades especiais)
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