WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia

GULAG: A PARTE NEGRA DA HISTÓRIA COMUNISTA – Pela Profª. GARDÊNIA ROSEIRA

.

Os campos soviéticos de trabalho forçado foram criados em 1919, mas foi a partir da década de 1930, sob o comando de Joseph Stalin, que a população dos campos tornou-se significativa numericamente, chegando a ter milhões de prisioneiros.
Os maiores gulags ficavam em regiões geográficas quase inacessíveis e com condições climáticas extremas. A combinação de isolamento, frio intenso, trabalho pesado, alimentação mínima e condições sanitárias quase inexistentes elevavam as taxas de mortalidade entre os presos. Para se proteger da violência, alguns grupos de presos criaram códigos e leis internas que deram origem aos Vory v Zakone – a máfia russa.
O Gulag permaneceu desconhecido no mundo ocidental e por boa parte dos habitantes da própria União Soviética até 1973, quando Alexander Soljenítsin, um ex-prisioneiro, conseguiu que seu livro, Arquipélago Gulag, fosse publicado no exterior. A obra denunciava o sistema a partir da experiência do próprio autor e de outros 237 prisioneiros que, através de cartas, relataram suas experiências para ele. A partir daí, passou a representar o autoritarismo e a violência do regime soviético, tornando-se um prato cheio para os opositores do comunismo, que associavam a brutalidade dos campos ao sistema econômico. Do outro lado, partidos comunistas do mundo todo foram atingidos pelas informações, levando a perda de membros e de defensores dos ideais comunistas.
A quantidade de campos foi reduzida a partir de 1953, logo após a morte de Stálin – ditador que expandiu o sistema de gulags nos anos 30. Porém, os campos de trabalho forçado para presos políticos duraram até os anos 90.

(Gardenia Roseira – Mestre em Educação – Licenciada em Sociologia e História – Pós-graduada em Sociologia, História e Ensino Superior)
.

Comentários estão fechados.