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As epidemias costumam provocar um pânico nas pessoas, principalmente quando não se tem conhecimento sobre a doença, é o caso da infecção pelo novo coronavírus. Esse tipo de situação pode abalar a saúde mental, causando estresse e ansiedade, principalmente nas crianças. Por isso, a Organização Mundial de Saúde – OMS contribui com orientações para a preservação da saúde mental.
Inicialmente os pais precisam evitar expor os pequenos ao bombardeio de informações, pois a todo o momento surge um dado novo sobre casos confirmados, o que leva os noticiários a lotarem sua programação de reportagens. Apesar de ser importante procurar conhecimento, o fluxo constante de notícias gera preocupação e estresse. Ao adulto cabe assisti programas que foque naquilo que ajudará a tomar atitudes práticas para prevenção, tendo informações suficientes para sanar as dúvidas dos filhos.
Ajude os filhos/netos/sobrinhos a expressarem, de forma positiva, seus medos e ansiedades. Cada criança tem sua própria maneira de reagir diante de situações conflitantes, algumas agem naturalmente, mas a grande maioria sofre o sintoma da casa, ou seja, reflete os anseios dos pais. Os pequenos se sentem melhor e mais aliviados quando podem comunicar os sentimentos num ambiente de apoio.
Fale com seus os menores sobre a covid-19 de forma honesta e apropriada à idade deles, se tiverem preocupações, o fato de falar sobre elas pode ajudar a baixar a ansiedade. Elas observam os pais, as emoções no ar e tiram daí seus mecanismos para lidar com as próprias emoções da melhor forma nesses momentos difíceis. Ofereça apoio partilhando fatos simples sobre o que está acontecendo, com informações claras a respeito da redução de riscos e infecções em palavras compreensíveis.
Mantenha as rotinas familiares sempre que possível e crie novos momentos: Pensem em atividades lúdicas e pedagógicas (nossos filhos não podem ficar esse tempo sem estudar), sempre que possível, incentivem as crianças a continuarem brincando e se sociabilizando com os outros, mesmo que somente na família por causa do distanciamento social. É a hora de apresentar para os filhos as brincadeiras da nossa infância, ou propor momentos coletivos na cozinha, no quintal ou varanda, e até mesmo na cama, qualquer espaço pode ser transformado em lazer. Lembrem que a grande Pandemia trouxe isso como ponto significativo, os momentos em família.
(ZENILDO SANTOS SILVA, Bacharel em Psicologia, Psicopedagogo e Mestrando pela UFSB em Ensino e Relações Étnicos Raciais)
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