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NÚMERO REAL DE MORTES POR COVID-19 NO BRASIL PODE SER DE ATÉ 15 MIL, DIZ ESTUDO

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Os dados oficiais mais recentes, divulgados ontem (22) pelo Ministério da Saúde em sua atualização diária no Twitter, mostram que o Brasil já contabiliza 40.581 casos confirmados do novo coronavírus, com 2.575 óbitos em consequência da COVID-19. Porém, um estudo encomendado pelo UOL para o Observatório COVID-19 BR indica que nosso país pode ter, na verdade, um número muito maior de mortes causadas pela doença — e essa quantidade pode ser de até 15,6 mil, em um cenário mais pessimista.
Para chegar a esses números assustadores, o Observatório (composto por pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras) considerou fatores diversos, incluindo a demora entre as ocorrências das mortes e o registro delas nas estatísticas do Governo. O estudo foi realizado contando com dados do próprio Ministério da Saúde, analisando aqueles liberados desde o dia 29 de março e até a última quarta-feira (15) — naquele dia, o número oficial de mortes era de 1.736, e o estudo projetou que o número real de mortos poderia ser de entre 3.800 e 15.600.
Com base, então, nos dados oficiais e em suas projeções para o período analisado, o Observatório conseguiu projetar dois cenários. O primeiro considera que os óbitos levam até dez dias para serem informados pelo Ministério e, nele, o Brasil teria, portanto, 122% a mais de mortes por COVID-19 do que o divulgado oficialmente. Neste cenário, nosso país já estaria no mesmo patamar que a China estava no final do ano passado, quando a pandemia começou por lá.
Já levando em conta que as mortes estariam levando até 20 dias para serem contabilizadas e fazerem parte dos dados oficiais, o segundo cenário projetado pelo estudo indica que o Brasil teria pelo menos 801% mais óbitos. Isso significa que, para cada morte por COVID-19 notificada, existiriam também outras oito ainda não registradas. Neste cenário, o número real de mortes chegaria, então, a 15.648 — número próximo de países em situações mais alarmantes na Europa, como França e Espanha, no dia 15 de abril.
Contudo, o Observatório comenta que “como são poucos os boletins [com data de óbito], não é possível ainda decidir qual cenário é o mais provável entre as duas opções”. De qualquer maneira, a conclusão do estudo é a seguinte: mesmo em um cenário conservador, o atraso na confirmação dos óbitos faz com que os números oficiais, divulgados pelo Governo, estejam longe das estatísticas reais. (Fonte: Cnaltech)

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