WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia

UMA LINHA DO TEMPO DA VIOLÊNCIA CONTRA HOMOSSEXUAIS – Pelo Prof. MAURÍCIO SANTANA

.

Os primeiros registros históricos da homossexualidade datam de 1.200 A.C. Diversos pesquisadores e historiadores afirmam que a homossexualidade foi aceita em diversas civilizações ao longo da história. Apesar disso, em muitos países, gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais foram e ainda são constantemente violentados, presos, torturados e mortos, sem proteção das leis, que podem ser omissas, conter brechas ou até mesmo respaldar a violência contra essa comunidade.
O primeiro código penal contra a homossexualidade data do século XIII pertenceu ao império de Gengis Khan, onde a sodomia era punida com a morte. No Ocidente, as primeiras leis anti-homossexuais, ambas redigidas sob influência da Inquisição, foram publicadas em 1533: o Buggery Act (Inglaterra) e o Código Penal de Portugal. A partir disso, leis anti-homossexuais se espalharam por diversos países do Ocidente que, por sua vez, as impuseram às suas colônias.
Todos sabemos que apesar da legislação progressista em alguns países do mundo, a realidade dos LGBTQI+ continua ruim. Durante os últimos dois séculos, a violência, institucional ou não, continuou perseguindo os LGBTQI+: no nazismo, eles eram levados aos campos de concentração. Dois símbolos do movimento surgem aí: o triângulo rosa invertido, utilizado para identificar homens gays, e o triângulo preto invertido, destinado às “mulheres anti-sociais”, grupo que incluía as lésbicas. Inúmeras teorias médicas e psicológicas tratavam a homossexualidade como uma doença mental que podia ser curada através de métodos de tortura, como a castração, a terapia de choque, a lobotomia e os estupros corretivos.
É importante destacar que essas violências não pertencem ao passado distante: até os anos 60, a homossexualidade ainda era ilegal em todos os estados dos EUA, com exceção de Illinois. O filme “ o jogo da imitação” retrata a história de Alan Turing, o pai da computação que foi quimicamente castrado sob ordens do governo inglês em 1952, por exemplo. Em diversos países, comunidades terapêuticas particulares continuam a oferecer serviços de “cura gay”. Ainda nesta década, a relação homossexual é crime em 73 países. Dessa lista, 13 nações preveem pena de morte como penalidade. No Brasil, de acordo com os dados de 2018 do Grupo Gay da Bahia (GBB), um LGBT é assassinado a cada 24 horas.
Mas, como afirma a escritora Conceição Evaristo, “eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”.
Referência: guiadoestudante.abril.com.br

(MAURÍCIO SANTANA, Licenciado em História, Professor da rede Estadual e Privada de Ensino, Pós Graduado em História do Brasil, Gestão Educacional e Mestre em Educação)
.

Comentários estão fechados.