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A ABOLIÇÃO NO BRASIL E AS NOVAS FORMAS DE ESCRAVIDÃO – Pelo Prof. MAURÍCIO SANTANA

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A Lei Áurea, oficialmente Lei Imperial n. º 3.353, sancionada em 13 de maio de 1888 aboliu a escravidão no Brasil. Hoje se comemora mais de 130 anos da lei supracitada e a lembrança deste 13 de maio pode servir para reforçar a noção do princípio da igualdade racial na legislação brasileira, bem como abre brechas para refletirmos sobre o nosso presente. Será que realmente estamos livres da escravidão ou será que ela sobrevive entre nós com outros formatos?
Não são escravos os jovens viciados no crack, essa droga que toma de conta dos grandes centros urbanos e vem de forma avassaladora se alastrando para as cidades do interior?
Não vivem na escravidão aqueles que não conseguem ter trabalho digno para conquistar sua emancipação financeira e sair da lista dos programas assistencialistas do governo federal?
Quantos ainda não estão presos, em pleno século XXI, ao velho drama da seca que assola a maior parte das cidades do nordeste brasileiro, dependentes de carros pipa e da caridade alheia, enquanto verbas para obras de abastecimento d’água são financiadores da corrupção?
Ainda podemos elencar os escravos do medo, que vivem trancados em suas casas cercadas por muros eletrificados e que sonham com carros blindados, acuados pela violência crescente, e outros que estão abondados a porte sorte, pois não dispõe de uma segurança pública de verdade.
Assim como no passado, cada escravidão tem seus patrocinadores, ou seja, aqueles que se beneficiam da indigência alheia. Atualmente os senhores de escravos são os corruptos e os chefes do crime organizado, que obviamente não querem nenhuma mudança, pois é nesse ambiente que eles enriquecem.
A data comemorativa da abolição da escravatura precisa de reflexão e de inspiração para que novos movimentos abolicionistas aconteçam no Brasil. De fato, infelizmente são muitos ainda os que precisam de alforria.

(MAURÍCIO SANTANA, Licenciado em História, Professor da rede Estadual e Privada de Ensino, Pós Graduado em História do Brasil, Gestão Educacional e Mestre em Educação)
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