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CROSSFIT DE PEPECA? VAGI YOGA? GINÁSTICA ÍNTIMA AJUDA A TER MAIS PRAZER

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Já praticou crossfit vaginal hoje? Ainda não aderiu à tendência da vagi yoga? Brincadeiras à parte, esses são alguns dos novos nomes que os exercícios íntimos vêm ganhando para atrair mais mulheres para a prática. A ideia é elevar o cuidado com o corpo a um outro patamar, que mistura preocupação com a saúde, consciência corporal e, de quebra, ainda te ajuda a ter mais prazer.
Esse tipo de malhação íntima —que pode contar com o auxílio de acessórios e também tem entre as suas variantes o pompoarismo, os exercícios de Kegel e os yoni eggs— reúne exercícios que trabalham a musculatura do assoalho pélvico. “São exercícios de contração e relaxamento profundos e de percepção sensorial da região”, diz Natalia Carvalho, educadora física, terapeuta tântrica e especialista em uroginecologia.
O assoalho pélvico, essa região que muita gente ainda não conhece, é o que se chama comumente de chão da bacia: uma área que vai do púbis ao cóccix, formada por músculos, ligamentos e fáscias (tecidos que envolvem a estrutura do corpo), e que possui a função de sustentação de órgãos internos, como útero, ovários, bexiga e intestino.
Com os exercícios para o assoalho pélvico, exercita-se o entorno da vagina levando benefícios para toda a região íntima. As vantagens vão desde o fortalecimento dos músculos da região, evitando problemas como a incontinência urinária, até uma maior consciência corporal, que pode facilitar os seus orgasmos.
NO EGITO, NA ÍNDIA, NO JAPÃO…

A ginástica íntima, centrada na ação de contração e relaxamento da musculatura circunvaginal, não é exatamente uma novidade. Há diversos registros históricos que revelam práticas como essas por mulheres de diferentes culturas, como dançarinas de dança do ventre no Egito, gueixas no Japão e adeptas do tantra na Índia.
Há também vários estudos que buscam comprovar os benefícios da prática. Como os feitos na década de 1940 pelo ginecologista americano Arnold Kegel, que criou uma série de exercícios para melhorar a saúde íntima de suas pacientes e ajudou tanto a popularizar a prática que a ginástica passou a ser conhecida como exercícios de Kegel. Acadêmicos brasileiros também já atestaram as vantagens da prática para a redução da incontinência urinária e para a melhora da função sexual, entre outros benefícios.
SÓ VI VANTAGEM
CONHEÇA ALGUNS DOS BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA ÍNTIMA PARA A SAÚDE FÍSICA E SEXUAL:
– Condicionamento e fortalecimento da região pélvica
– Sensibilidade e consciência da região íntima
– Autoconhecimento
– Possível controle e até incremento dos orgasmos
– Melhora na lubrificação vaginal
– Redução de infecções urinárias
– Melhora na incontinência urinária
– Ajuda no prolapso genital (quando a musculatura vaginal fica fraca, podendo levar ao deslocamento dos órgãos da região)
– Alivia dores na relação sexual
– Ajuda no tratamento de vaginismo.
QUESTÃO ENERGÉTICA
Com nomes inusitados, como vagi yoga ou crossfit vaginal, profissionais vêm oferecendo treinamento em ginástica íntima para mulheres interessadas em exercer uma maior autonomia sobre o seu corpo.
“Mas cada profissional pode atuar com uma técnica diferente que pode abordar força, resistência muscular, elasticidade, controle ou percepção”, diz a fisioterapeuta Thalita Freitas.
Cada especialista acaba adaptando os exercícios de acordo com a sua experiência e os objetivos de cada cliente. E vai dando nomes à prática de acordo com as tendências de mercado ou com a corrente que segue, como é o caso da terapeuta tântrica Paula Rodrigues, que trabalha com os chamados yoni eggs.

Essa corrente alia os exercícios de relaxamento e contração com o uso de pedras de cristal em formato de ovos que são introduzidas no canal vaginal com o objetivo de fortalecer e também energizar essa região. Segundo as adeptas da prática, os yoni eggs teriam poderes de cura energética. Eles ajudariam a limpar memórias de antigas relações, padrões e crenças limitantes que poderiam impedir a evolução da mulher e da energia feminina.
Diferentes objetivos, muitos benefícios
Trabalhar a região do assoalho pélvico também pode ajudar no tratamento de doenças físicas, como aconteceu com a professora de inglês Aline Corrêa, que começou os exercícios depois de uma cirurgia de endometriose e da inserção do DIU hormonal.

Ela sentia dores no cóccix e tinha incontinência urinária. A contração vaginal e o pompoarismo ajudaram não só a fortalecer os músculos pélvicos e do abdômen que ficaram enfraquecidos, mas também a diminuir as dores. Além disso, mudaram a relação dela com seu próprio corpo: “Passei a sentir que me conheço melhor como mulher e a querer descobrir mais sobre mim mesma. Melhorou meu autoconhecimento e minha autoestima”.
Já a assistente de audiovisual Yasmin Dias procurou a yoni egg terapia no início da pandemia, quando começou a sentir necessidade de trabalhar sua força feminina. “Mudou tudo. Eu senti que mudei. A prática foi me ensinando a destravar e criar um contato com a minha vagina. Porque, na sociedade, a gente não é ensinada a ter esse contato. É muito intenso e despertou muito a minha criatividade”, diz.
Cuidados básicos

Para quem não está acostumada a esse tipo de exercício, pode ser difícil reconhecer onde está a musculatura a ser trabalhada e saber se está fazendo a contração de forma adequada. Então, os exercícios podem ser feitos em casa, mas, de preferência, depois da orientação de um profissional. “O fisioterapeuta pode, inclusive, passar treinos para fazer em casa”, diz Thalita Freitas.
Em alguns casos, pode ser preciso trabalhar mais a capacidade de contração. Em outros, o relaxamento. É o profissional especializado que vai analisar e indicar o melhor método. Fontes: Aline Corrêa, praticante de pompoarismo, Aline Machado, fisioterapeuta e professora da Universidade Paulista, Natalia Carvalho, educadora física, terapeuta tântrica e especialista em uroginecologia, Paula Rodrigues, terapeuta energética, Thalita Freitas, fisioterapeuta e sócia e proprietária da Athali Fisioterapia Pélvica, Yasmin Dias, praticante de yoni egg. (Fonte: UOL)

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