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Daqui a três meses apenas, vão fazer 2 anos que estamos “vivendo” em meio a uma pandemia, se pararmos pra pensar, é surreal, poucos dos que vivem hoje chegaram a sequer imaginar que isso pudesse ser possível. Como já confirmado na prática, só haverá superação com imunização, vacina.
Sim, tivemos outras tantas pandemias, a peste negra na idade média dizimou 2/3 da Europa, varíola, sarampo, meningite, outras tantas, destaque para a gripe espanhola que entre 1919 e 1920 ceifou a vida de milhões, mas durou poucos meses, chegou ao Brasil em setembro de 1919, mas em fevereiro de 1920 já se brincou carnaval. Com o avanço da ciência, antibióticos, vacinas, equipamentos de ponta e outras modernidades, chegamos a pensar que estávamos imunes a uma crise dessas, ingênuo engano, pois o temor sempre existiu, quase uma certeza, só não sabiam quando, mas que aconteceria algo assim era uma certeza. A humanidade agiu rápido e em pouco tempo já tínhamos vacinas eficazes, elas estão funcionando e aos poucos o mundo tenta voltar ao “normal”, entretanto dúvidas surgem. Até quando as vacinas se mostrarão eficazes? Quantas doses são realmente necessárias e de quais vacinas? Quem tem prioridade? Quem pode e quem não pode ser imunizado? Teremos que nos vacinar todos os anos? O que aconteceria se aparecesse um novo vírus e causasse uma nova pandemia? Nossos sistemas econômicos e de saúde aguentariam um novo choque? Não está nada fácil.
Estamos superando a crise? Sem dúvidas que sim, mas temos desafios importantes pela frente, recuperar as economias, nacional e global, ampliar a quantidade e a variedade de vacinas, manter algumas medidas de prevenção e aumentar a vigilância e monitoramento para detectar novas variantes de COVID e/ou novas doenças. Saudades do tempo em que pensávamos que o século XXI seria a coroação da humanidade, onde teríamos paz, saúde e tecnologias maravilhosas.
(MARCOS NETO é Engenheiro Agronômo)
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