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UMA GERAÇÃO DE “FILHOS CANGURUS” – Pelo Prof. ZENILDO SANTOS SILVA-ZOOM

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Na Psicologia, a expressão “Filhos cangurus” é usada para identificar aqueles que, mesmo adultos, permanecem vivendo com os pais. Normalmente são adultos solteiros, de classe média ou alta, com graduação concluída e até mesmo especializados. Estão no mercado e sustentam seus estilos de vida voltados para o consumo, viagens, cursos, restaurantes, lazer. Muitos estão acomodados nessa situação, e os pais se adaptam bem e até preferem que essa condição se perpetue.
Diferente do que acontecia no passado, quando os filhos saíam da casa dos pais para o matrimônio, hoje, está cada vez mais difícil que isso aconteça. As pessoas estão descobrindo que não precisam necessariamente se casar para serem felizes, ou podem retardar essa decisão. É certo que muitas vezes esse adiamento está ligado a uma impossibilidade de crescer e assumir responsabilidades. As últimas pesquisas mostram que a chamada “fase da adolescência” que precede à entrada na vida adulta está durando cada vez mais. Antes, considerava-se adolescente a pessoa entre 12 e 18 anos. Depois, essa faixa se estendeu e na contemporaneidade já falamos em adolescentes com 35 anos.

Isso acontece porque a adolescência em si mesma não é um estágio da vida propriamente dito, estabelecido apenas cronologicamente, mas sim, um período marcado por eventos que incluem alterações físicas e psíquicas, e também por comportamentos específicos, relativos a esse período. Em síntese, somos uma geração canguru, estamos correndo das responsabilidades e utilizando o colo familiar para nos proteger das peripécias da vida.

(ZENILDO SANTOS SILVA, Bacharel em Psicologia, Psicopedagogo e Mestrando pela UFSB em Ensino e Relações Étnicos Raciais)
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