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O machismo está impregnado nas falas, condutas e práticas humanas. Esse comportamento não é restrito a homens machistas, mas, também, a mulheres, que reproduzem “inconscientemente” falas e ações que estão arraigadas na nossa cultura. Tal forma de pensar impede homens de pensarem sobre seu corpo, saúde e sexualidade.
E quando se trata de um exame, onde o ânus, órgão intocável é o alvo, ai que a situação fica mais delicada ainda. O exame de próstata, ao invés de ser visto como cuidado é transformado em chacota no grupo de amigos. Isso é explicado porque os homens foram criados como fortes, desde pequenos, ouvia dos pais: “Seja homem! Não chore!”. Isso, de certa forma, deixou marcas e um desconforto para assumir fragilidades.
Hoje sentimos a necessidade de recriar uma cultura em que homem chora sim, limpa a casa e vai ao médico; de que é preciso repensar as questões afetivas, pois ninguém nasceu para ser máquina, intocável. Que possamos criar nossos filhos como seres humanos, que possuem sentimentos e capacidade de dizerem o que sentem, afinal ninguém deixa de ser homem porque é sensível!
(ZENILDO SANTOS SILVA, Bacharel em Psicologia, Psicopedagogo e Mestrando pela UFSB em Ensino e Relações Étnicos Raciais)
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