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EM LIVRO, MORO DESMASCARA DECLARAÇÃO MENTIROSA DE BOLSONARO E MORO RECOLHE NÁUFRAGOS DO GOVERNO BOLSONARO – Bernardo Mello Franco

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Em dezembro de 2019, o Radar e outros veículos de imprensa mostraram como Jair Bolsonaro, já nos braços do centrão, tramava esvaziar os poderes de Sergio Moro no Ministério da Justiça.
Na ocasião, o presidente, sempre atacando a imprensa, tratou a crise como “mais uma fake news da mídia”. Pois bem. No livro que lança nesta semana, Moro confirma toda a articulação de Bolsonaro, mostrando que o presidente mais uma vez — são tantas que a contagem se perdeu — mentiu abertamente sem qualquer rubor.
“Se a pasta fosse dividida, não continuaria no governo de jeito algum
(…) Concluí que ele simplesmente não confiava em mim e não desejava a minha presença no governo”, escreve Moro.
Em janeiro, no auge da crise, o Radar deu o tom dos dias atuas: “De vice dos sonhos, Moro pode virar adversário de Bolsonaro em 2022”. Foi o que aconteceu. (Fonte: Veja)
MORO RECOLHE NÁUFRAGOS DO GOVERNO BOLSONARO

A presidente do Podemos, Renata Abreu, definiu o novo correligionário como um “homem de combate”. “Você representa uma instituição de muita credibilidade no país”, derramou-se. Ela se referia ao Exército, que deveria permanecer afastado da política.
Moro aposta em Santos Cruz para dividir o voto dos militares. Em 2018, a tropa marchou unida com Bolsonaro. Em 2022, o ex-juiz também terá um cabo eleitoral nos quartéis.

Ao receber o general, o presidenciável acusou “governos passados” de tratar os fardados com “viés negativo”. Um recado claro para milhares de oficiais que temem perder cargos e privilégios em caso de derrota do capitão.
Além de polir o próprio currículo, Moro quer reescrever a história de Santos Cruz. Ontem ele disse que o general “não teve nenhum receio de se retirar do governo” quando percebeu que Bolsonaro não estava interessado em “construir um país melhor”.
O discurso soa bonito, mas não se sustenta em fatos. Santos Cruz nunca se retirou: foi retirado. Caiu por obra do vereador Carlos Bolsonaro, que manda e desmanda no governo do pai.
O general estreou no palanque com um desfile de platitudes. “A filiação partidária é um ato político”, disse. “O respeito tem que ser restaurado no Brasil”, prosseguiu. “O sinônimo de educação é esperança”, filosofou.
Em outro momento, ele condenou o extremismo e disse que a eleição não pode ser contaminada por fanatismo e fake news. Em 2018, o general acusou o rival Fernando Haddad de ligações com o fascismo e o nazismo.
Santos Cruz não é o único náufrago a pular no bote de Moro. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que também sonhava com o Planalto, já se insinua para a vaga de vice do ex-juiz.
Ontem o presidenciável almoçou com o general Rêgo Barros, outro dissidente do bolsonarismo. Ex-porta-voz do governo, ele agora se dedica a redigir artigos com indiretas para o capitão. “Deus te guarde de quem te queira magoar”, escreveu, na quarta-feira. (Fonte: O Globo)

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