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A 2 MESES DA ELEIÇÃO, TODOS QUE LIDERAVAM CHEGARAM À PRESIDÊNCIA / DESDE 1989, BRASILEIROS NUNCA ESTIVERAM TÃO DECIDIDOS SOBRE EM QUEM VOTAR PARA PRESIDENTE

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A 2 meses da eleição, todos os candidatos que estavam à frente nas pesquisas de intenção de voto na disputa pelo Palácio do Planalto acabaram vencendo e se tornando presidentes da República. A informação é de levantamento do Poder360 com estudos eleitorais desde a redemocratização.
Hoje, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todas as pesquisas registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na sequência, em 2º lugar, aparece o presidente Jair Bolsonaro (PL) –que tenta a reeleição. A eleição deste ano será em 2 de outubro.
Com exceção de 1994 e 1998, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito em 1º turno, todos os outros pleitos culminaram em uma nova rodada de votação. Nesses casos, no entanto, nunca houve uma virada de posições.

Ainda segundo as pesquisas, Bolsonaro é o único candidato a tentar reeleição sem liderar a tão pouco tempo da eleição. Todos os presidentes que disputaram novo mandato tinham perto de 40% das intenções de voto nesse período.
Segundo o Datafolha, o atual presidente tem agora 29%. A empresa, junto com o Ibope, foi considerada no levantamento por ser uma das únicas com uma série histórica tão longa de pesquisas.

Em 2018, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu, no fim de agosto, rejeitar a candidatura de Lula –que liderava as pesquisas. De última hora, o PT oficializou Fernando Haddad ao Planalto no lugar do ex-presidente. Por essa razão, a disputa ficou embolada e muitos nomes disputavam o 2º lugar. No fim, Bolsonaro foi ao 2º turno com o pré-candidato petista.
A eleição de 2022 também traz uma singularidade: é a mais polarizada desde 1989. Os 2 nomes mais bem colocados concentram 76% das intenções de voto.

O ano que mais se aproxima dos percentuais de polarização registrados agora é 2010. Naquela época, Dilma Rousseff (PT) herdava votos de Lula. José Serra (PSDB) estava próximo da petista, mas em 2º lugar. Além disso, Marina Silva (então PV) ainda não se apresentava como 3ª força competitiva.
O Poder360 compilou pesquisas eleitorais realizadas a cerca de 2 meses da eleição desde 1989. Os números foram recuperados no Agregador de Pesquisas do Poder360, reportagens na mídia, em acervo de jornais impressos ou nos sites das empresas.
AGREGADOR DE PESQUISAS
O Poder360 mantém acervo com milhares de levantamentos com metodologias conhecidas e sobre os quais foi possível verificar a origem das informações. Há estudos realizados desde as eleições municipais de 2000. Trata-se do maior e mais longevo levantamento de pesquisas eleitorais disponível na internet brasileira.
O banco de dados é interativo e permite acompanhar a evolução de cada candidato. Acesse o Agregador de Pesquisas clicando aqui.
As informações de pesquisa começaram a ser compiladas pelo jornalista Fernando Rodrigues, diretor de Redação do Poder360, em seu site, no ano 2000. Para acessar a página antiga com os levantamentos, clique aqui. (Fonte: https://www.poder360.com.br)

DESDE 1989, BRASILEIROS NUNCA ESTIVERAM TÃO DECIDIDOS SOBRE EM QUEM VOTAR PARA PRESIDENTE

Nunca, desde 1989, os brasileiros estiveram com suas intenções de voto para presidente tão na ponta da língua, a dois meses das eleições. É o que revela levantamento do Pulso. No maior índice desde a redemocratização, sete em cada dez eleitores declaram seu candidato preferido de forma espontânea na pesquisa Datafolha, ou seja, sem antes olhar uma lista com o nome de todos os concorrentes.
O Pulso comparou dados de pesquisas espontâneas feitas pelo Datafolha em eleições passadas durante essa mesma época do ano. Esse tipo de pergunta, na qual o entrevistado não tem acesso a um cardápio com o nome de todos os candidatos, ajuda a medir quais nomes estão na cabeça do eleitorado e qual o nível de consolidação do voto.

Este ano, apenas 27% dizem não saber em quem votar — menor percentual desde a redemocratização do país. Nos demais pleitos, esse número sempre esteve acima de 40%, passando até a casa dos 50% em eleições como a de 2014, protagonizada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e por Aécio Neves (PSDB).
Outra mudança é em relação aos eleitores que rejeitam votar em qualquer candidato à Presidência. Branco, nulo e nenhum somavam 23,2% em meados de junho de 2018, resultado da descrença do eleitorado na política. Agora, porém, o percentual regrediu para 6%, dentro de uma média histórica, mostrando um enfraquecimento do discurso da antipolítica em detrimento da maior polarização.
Para o cientista político e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco Joanildo Burity, o baixo número de pessoas dizendo que vão anular seus votos em contraste com um alto índice de escolhas mesmo antes de a campanha começar oficialmente significa uma eleição mais politizada.

— Quanto mais Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupa seu espaço após as decisões que lhe devolveram os direitos políticos, mais ele demarca até onde Bolsonaro pode ir. Temos a materialização da fronteira política entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que organiza todo o cenário político do país em 2022. Um ponto central de análise é essa figura central que Lula ocupa no cenário político brasileiro. Antes mesmo da eleição, quando Lula retomou os direitos, as duas fronteiras políticas já se estabeleceram e o processo eleitoral está se tornando plebiscitário por causa da volta de Lula. É uma eleição politizada, sim — analisa o professor, especializado em ideologia e análise de discurso.
Para sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, o fenômeno de uma eleição mais “politizada” em 2022, ou seja, com menos pessoas dizendo que vão anular o voto e mais eleitores já afirmando espontaneamente qual candidato será o escolhido em outubro está diretamente ligado à “oferta” de candidaturas:
— Se nem Lula, nem Bolsonaro fossem candidatos, o nível de brancos, nulos e indecisos seria bem mais elevado. Na verdade, é pela oferta dos dois candidatos superpopulares. Pela primeira vez, um presidente e um ex-presidente disputam uma eleição. A consequência é a redução da alienação eleitoral. Eu teria receio de chamar de politização elevada. Chamaria de uma característica singular dessa oferta de candidatos deste ano de 2022.
O levantamento do Pulso mostra ainda que o ex-presidente Lula desfruta de sua melhor performance este ano. O petista é citado espontaneamente como candidato preferido ao Planalto por 38% dos eleitores no Datafolha de julho, desempenho melhor do que em 2006, quando disputou a reeleição e aparecia com 28,1% na espontânea.
O presidente Jair Bolsonaro também se sai melhor este ano: tem 26% contra 11,9% em 2018, quando ainda era desconhecido de uma parcela dos brasileiros. O ex-governador Ciro Gomes (PDT) se manteve praticamente na mesma nos últimos quatro anos segundo dados do Datafolha no Cesop/Unicamp. Tinha 2,1% e agora está com 3%. Em 2002, o pedetista alcançou 4,5% na espontânea, seu melhor resultado para esta época da disputa eleitoral. (Fonte: O Globo)

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