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ENQUANTO CIDADES DA REGIÃO COMEMORAM A REDUÇÃO DA CRIMINALIDADE, TEOLÂNDIA-BA VIVE DIAS DE TERROR

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O notório aumento da violência em nossa cidade nos preocupa e nos causa indignação. Nos últimos anos, moradores da nossa cidade passaram a ser testemunhas de vários casos de barbárie, que só chegavam ao nosso conhecimento pelas lentes das Tvs, e por conta disso, pareciam ser uma realidade distante de todos nós. A sensação de insegurança é geral, seja na sede ou na zona rural do município de Teolândia, os recentes episódios de violência estão provocando medo e pavor às pessoas.
Acontece que os casos de violência em nossa cidade, estão tomando uma proporção alarmante e essa condição aponta para um diagnóstico de anomia, de que há algo (ou ausência), que aponta para a existência de algum fator, ou vários deles, que estão contribuindo para que esses índices em nossa cidade tomem essa proporção que tanto tira o sono de todos nós. O fato é que, a vida pacata e tranquila que outrora nos fazia sentir orgulhosos e seguros está se tornando um mito. “Fulano foi morto com vários tiros agora”, “roubaram o celular de cicrano”. São frases cada vez mais comuns ditas em conversas de vizinhos e compartilhadas pelos teolandenses nas redes sociais. Homicídios, furtos e roubos são cada vez mais comuns, como também são comuns as pessoas se trancarem em suas casas. Portas e janelas abertas são algo cada vez mais distante da nossa realidade, se perderam no passado e agora não passa de um registro nas memórias dos moradores mais saudosos e românticos.
Mas o que está por trás desses episódios? Falta de empenho e desleixo do poder público com a questão da segurança? Omissão? Falta de Políticas Públicas? Políticas Públicas ineficientes? Quando há omissão do poder público, cria-se a condição favorável para que um estado paralelo se instale. Enquanto o poder do estado não se impõe, o crime organizado se institui como um poder paralelo, que estabelece regras de ética e conduta própria, além de implantar fronteiras para a atuação de determinada facção criminosa.
A ausência do estado é, sem dúvida, um grande impulsor da insegurança urbana. Não apenas no sentido de regulamentação ou fiscalização, mas no sentido de dar suporte à vida urbana, como: saúde, educação, saneamento, emprego, transporte, lazer, entre outros elementos (Endlich e Fernandes, 2014). Onde falta qualidade de vida e oportunidades, sobra violência.
Segundo pesquisadores do IBGE, nas cidades onde há mais homicídios, as pessoas ganham menos, as moradias são precárias e a proporção de jovens, entre 15 e 24 anos, que estão sem estudar e sem trabalhar, é quatro vezes maior que nos municípios menos violentos do Brasil. Será essa também a nossa realidade? Se sim, acredito que diferente do que os canais oficiais de comunicação divulgam o tão alarmado desenvolvimento da nossa cidade não passa de uma percepção ilusória.
Enquanto Gandu comemora seis meses de ausência de homicídios, Teolândia amarga o registro de mais de três homicídios só neste início de ano. Bem verdade é que a violência nas pequenas cidades tem aumentado em todo Brasil. Porém, não poderemos utilizar desse argumento para passarmos à nossa sociedade uma sensação de conformismo, ou mesmo como forma de justificar a falta de atitude do poder público municipal perante tão agravante problema.
Acreditamos que esse é um problema que deve ser debatido de forma democrática, com todos nós que fazemos parte da sociedade local. O poder público local tem que cumprir o seu papel, procurando ouvir os anseios da população e tomando atitudes que venham nos dar mais conforto e alento perante tão gritante descaso com a nossa segurança pública. Sendo assim, chamo atenção para um desabafo de um morador que circula pelas redes sociais, nele ele procura chamar atenção do poder público local sobre sua parcela de responsabilidade, perante a situação, cujo transcrevo abaixo:
“Quando um prefeito zela por sua cidade vai em busca de recursos para melhoria de todo município. Apoia a segurança pública mesmo sendo uma responsabilidade do estado, dando suporte a delegacia, material humano, material de trabalho, manutenção de viaturas dentre outros apoios que podem somar para o desenvolvimento do trabalho da corporação. O prefeito responsável vai até ao gabinete do governador e do secretário de segurança pública e pede reforço para as corporações policiais da cidade… mostra com números e crescimento da criminalidade e pede reforço”. (Palavras do morador).
São necessárias ações na perspectiva de encontrarmos a cidade mais segura e saudável, além de viabilizar espaços e equipamentos que resultem em conforto visual e físico e que eleve a qualidade de vida. Mas, somente esse aspecto não contempla as necessidades, antes precisamos também de políticas públicas que conscientizem a juventude sobre a importância para a saúde física e mental da prática de atividades que promovam seu bem-estar, e assim, utilizar esses espaços adequadamente, visando assim o afastamento da juventude de situações de risco e violência, é uma questão que envolve consciência para exercer a cidadania.
Assim como Ortega; Derley (2002), acreditamos que a prevenção dos conflitos associados à violência deve ser interdisciplinar; desde os serviços de saúde mental às instituições de proteção social e os centros de educação formal deveriam se envolver na prevenção. Por isso, acreditamos também que é necessária a associação da área educacional, da área de saúde, das instituições de proteção social e da polícia no combate ao crime, agindo diretamente sobre suas causas, somente assim, diminuiremos as taxas de criminalidade que vêm aumentando assustadoramente.
(Enviado por um morador de Teolândia e leitor do BLOGDOZEBRAO)

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