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O USO DO SOM AUTOMOTIVO EM ITAMARI – Pelo Prof. NELSON RIBEIRO (Itamari)

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Segundo informações, o Brasil conta com mais de 237 indústrias no setor de áudio automotivo entre alto falantes, amplificadores, carcaças, conectores e toda a cadeia produtiva, além de mais de 35 mil postos de instalações destes equipamentos, empregando por volta de 300 mil pessoas. Perde apenas para a China neste setor.
Portanto é uma indústria que gera emprego e renda. Mas, nos últimos anos vem diminuindo um pouco sua importância, por conta das leis mais rígidas em relação ao uso de aparelhos sonoros com intensidade sonora acima do que é permitido. Enquanto nos países desenvolvidos, eles encontram soluções para conviver e fazer bom uso do som automotivo ou paredões, por exemplo na promoção de eventos e som de competição, no Brasil, impera o combate e a criminalização do setor.
A questão central é que as forças policiais e gestores municipais, principalmente em Itamari, são fracos em relação a regularizar, organizar e tirar vantagens em relação ao tema. É muito mais fácil prender, apreender, multar quem se excede com o som alto, do que criar momentos na cidade onde a lei do bom senso prevaleça. Faltam espaços adequados na cidade, falta interesse, força de vontade da gestão municipal para resolver o assunto. Enquanto em Apuarema e outras cidades da região, o som automotivo tem seu uso recreativo com maior organização e tolerância, em Itamari, as forças policiais em vez de está entrando nas casas para combater o uso de drogas, entram com frequência e sem ordem judicial para apreender caixas da JBL. Quantos quilos de drogas foram apreendidos no ano passado em Itamari? Creio que poucos. Agora, quantos aparelhos sonoros em residências, bares, nas ruas foram tirados de circulação? Combater, prender, apreender é bem mais fácil do que tentar organizar a situação para que todos na sociedade, possam fazer aquilo que elas gostam sem ferir o direito do próximo.
Donos de bares, comerciantes em geral, evangélicos e não evangélicos devem ter seus direitos garantidos, e preservados os seus direitos de lazer também. Sabemos que nem todos são contra o som automotivo, se de 100 pessoas que não gostam, existem 1 000 que gostam. As autoridades tem que ser inteligentes para equacionar os dois lados.
Itamari precisa de espaços recreativos, precisa de um CIRCUITO DE FESTAS: cavalgadas, festa de camisa, aniversário da cidade, rodeio, etc. Precisa de um calendário de comemorações e festas em consonância com o de outras cidades para que as pessoas da região possam vir para Itamari, gerar emprego e renda. As pessoas estão migrando todo final de semana para as outras cidades, porque Itamari morre nos finais de semana. As pessoas que trabalham a semana, todos tem o direito de ter seu lazer garantido, que seja nas igrejas, quer seja em um barzinho, em uma festa ou outro lugar qualquer. Fugir da rotina e do tédio é uma necessidade humana.
Itamari precisa urgentemente, de ideias e uso de inteligência para solucionar seus problemas. Chega de decisões monocráticas, autoritárias e sem sentido.
Uma boa ideia seria um SÃO PEDRO fora de época. Mudar a configuração do São João de Itamari e São Pedro do Mineiro, promovendo apenas forró pé de serra neste período e investir em um SÃO PEDRO na cidade, em uma data diferente, assim como fazem Ipiaú e Itiruçu por exemplo. Teríamos menor custo e mais renda, pois as pessoas de toda a região estariam em Itamari nesta data fora de época.
Esperamos quem em breve, façamos um uso mais racional e inteligente do poder público em Itamari. Para que Itamari seja realmente para todos. Uma Itamari mais alegre, feliz e viva. Uma Itamari que as pessoas sintam prazer em visitar e que não seja o tédio que é hoje, uma cidade fantasma nos finais de semana. Que as pessoas de foram não queiram antecipar o seu retorno à sua cidade de origem por conta da falta do que fazer na cidade.
Uma cidade onde, com conversa, ideias, entendimento e bom senso, possamos agradar evangélicos, católicos, ateus, quem gosta e quem não gosta de festas e principalmente, possa gerar emprego e renda para as pessoa terem o direito de ter o lazer que eles escolherem. Que não impere a política do abuso de autoridade ou da falta de criatividade da gestão municipal.
A esperança é a última que morre, um dia chegaremos lá! Um dia, e por meios democráticos, tomaremos o poder e o faraó será derrubado. Construiremos uma cidade onde com a opinião e a força de todos, resolveremos os nossos problemas e construiremos uma cidade feliz.

(Nelson Ribeiro Filho, Mestrando em Educação, especialista, Professor das redes Estadual e Municipal de ensino e é o administrador do grupo TRIBUNA LIVRE DE ITAMARI. Também idealizador da Itamari Kakau’s)
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