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QUE TÉDIO! REFLEXÕES SOBRE QUARENTENA E ANSIEDADE – Pelo Prof. Zenildo Silva-ZOOM

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Ao visitar as redes sociais, em especial o facebook, vejo centenas de postagens humorísticas, com situações cotidianas das pessoas em quarentena, em todas as publicações fica visível as ações dos internautas diante do tédio. As postagens seguem com títulos do tipo: sexto dia de quarentena, em seguida imagens de coisas absurdas, que não faríamos em estado sóbrio. O que as pessoas estão dizendo com tais publicações é que não aguentam mais ficar em casa, que o confinamento está comprometendo a sanidade mental.
Para a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país mais ansioso em todo mundo, 16,8 milhões de brasileiros sofrem com a ansiedade. Diante do cenário causado pelo Covide 19, no qual somos obrigados ficar confinamentos, será que acabaremos desenvolvendo transtornos de ansiedade por causa da solidão? Ou já seriamos ansiosos e a pandemia só contribuiu para o início dos sintomas?
Todos nós estamos submetidos a uma dose de estresse e ansiedade extras, uma epidemia do medo, que vem da ordem de proteção. Dessa forma, desencadeamos uma avalanche de emoções, com as quais não sabemos lidar. As incertezas do futuro e o pânico do presente nos levam a tomar decisões rápidas e, muitas vezes, atitudes egoístas como a corrida desenfreada aos supermercados, álcool gel e máscaras.
Esperamos passar essa fase com tranquilidade, cuidando da saúde da mente e das pessoas ao nosso redor, algumas dicas podem ajudar a quem está vivendo esse quadro de ansiedade: escolher um momento do dia para se informar: assistir incessantemente notícias pode colaborar para uma pandemia de estresse, então apenas um momento já é o suficiente; espalhar boas notícias: como a cura de muitos brasileiros (olha lá o que compartilha, os fakes news estão reinando nesse período; desconectar-se do mundo imaginário das redes sociais, além de sair de grupos com participantes paranoicos (afinal estão guerreando – esquerda e direita); praticar atividades que deem prazer como ler um livro, ouvir música, cozinhar etc.; organizar fora e dentro: aproveitar o tempo livre para arrumar suas coisas, organização externa ajuda a organização interna; manter suas relações: ligue para seus amigos, familiares e para quem vive sozinho, essa rede de suporte pessoal é essencial; viver o momento tão desejado com seus filhos para terem interações reais, criar brincadeiras, realizar momentos de cinema, dança, brincadeiras, banhos de mangueira, entre outras coisas que a gurizada ama, não os deixe o tempo todo no celular.

(ZENILDO SANTOS SILVA, Bacharel em Psicologia, Psicopedagogo e Mestrando pela UFSB em Ensino e Relações Étnicos Raciais)
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