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RACISMO AMBIENTAL – Pelo Prof. MAURÍCIO SANTANA

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O racismo é uma temática polêmica e que geralmente é associado a fatores como a cor da pele e práticas religiosas ou culturais historicamente discriminadas. No entanto, existe uma maneira de racismo que também abrange questões territoriais: é o racismo ambiental, que tem como causa injustiças cometida contra grupos vulneráveis geralmente durante a realização de políticas públicas ou obras do setor privado. Essas violações de direitos ocorrem tanto no campo quanto no meio urbano.
O racismo ambiental tem uma correlação direta entre a exploração da terra e a exploração das pessoas. Sendo assim, de maneira geral os indígenas são a parte da população mais afetada devido algumas das piores formas de poluição, entre elas a do mercúrio ser demasiadamente usado nos garimpos em áreas de reservas indígenas ou próximas a elas. Outro grupo social afetado são as populações marginais que vivem perto dos lixões e aterros sanitários, pois se defrontam com incineradores e outros tipos de operações perigosas praticadas por empresas mineradoras.
Consideram-se as principais vítimas do racismo ambiental as populações pobres e negras, além de indígenas, quilombolas e outros grupos étnicos e racialmente excluídos dos processos de participação política, e em desvantagem econômica. A tomada dos territórios para a realização de empreendimentos e degradação ambiental, como a contaminação de recursos hídricos dos quais as comunidades no entorno dependem para sobreviver, por exemplo, são algumas consequências desse tipo de injustiça.
Destarte, há um processo de expropriação do campo, de alteração do modo de vida desses povos dentro do próprio território. Isso ocorre porque há um modelo de desenvolvimento dominante que prega que o modo de viver urbano e branco é superior, e que os manejos da terra tradicionais são atrasados. Porém, é preciso resistir ao preconceito, pois o genocídio não é somente morte por tiro, é toda lógica de exclusão pautada na nossa identidade racial que faz com que nossas vidas sejam descartadas dentro do sistema. Assim, seja no tiro direto, seja pelo não acesso a tratamentos de saúde, por contaminação do meio, nós somos e continuamos alvos fáceis desse jogo em que alguns são vistos como dignos do direito à vida e outros como descartáveis pelo sistema. (Fonte: https://fase.org.br)

(MAURÍCIO SANTANA, Licenciado em História, Professor da rede Estadual e Privada de Ensino, Pós Graduado em História do Brasil, Gestão Educacional e Mestre em Educação)
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