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*BUSCANDO UM CONCEITO PARA A RELIGIÃO – Pelo Prof. ISRAEL LEAL

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A religião é um tema muito debatido pelos séculos, em busca de um conceito clássico e atualizado. Para Rubem Alves religião é “uma teia de símbolos, redes de desejos, confissão da espera, horizonte dos horizontes, a mais fantástica e pretensiosa tentativa de transubstanciar a natureza”.
Para muitas igrejas cristãs, a religião deveria significar uma espécie de adoração a Deus ou até mesmo a adoração também a falsos deuses, como cumprimento da obrigação de alguém.
O problema era haver o cumprimento de obrigações de todos os tipos, tanto para com Deus como para com as pessoas, não significando qualquer tipo de adoração correta a Deus.
Enfatiza fortemente as ideias de dependência e de ansiedade pelo favor divino. Pode originar um medo sem fundamento, no sentido de supersticioso.
O sagrado é uma experiência da presença de Deus, sobrenatural, na medida em que se realiza o impossível às forças e capacidades humanas. Religião (Latim “religio=re+ligare”) – A religião tenta ser um vinculo entre o mundo profano e o mundo sagrado, operando em várias culturas, criando templos que se erguem aos céus como que querendo unir o espaço novo do sagrado (ar) com o consagrado (no solo). Enquanto que a religião pode ser apenas uma narrativa, um mito, uma fábula ilusória, a espiritualidade requer algo mais, a fé, que se expressa na confiança e plena adesão às verdades ouvidas.

Enquanto que a religião externa uma forma de crer, a doutrina é uma crença racional, baseada em livros sagrados, onde fé e razão precisam andar juntas. Segundo alguns teólogos, a fé usa a razão e a razão não pode ser bem sucedida sem a fé, na descoberta da verdade.
Ou seja, a razão não pode produzir fé, mas a acompanha, pois a fé não vem de um questionamento, mas da Divindade.
Contudo, a pessoa pode tentar compreender aquilo em que acredita, envolvendo a vontade de descobrir, por exemplo, a lógica de que Deus existe, se relaciona com as pessoas e que através da teologia, se pode “defender racionalmente”, a verdade das coisas de Deus pela investigação escriturística da doutrina.
Na verdade, simpatizo mais com o pensamento do teólogo Paul Tillich, quando diz: “A separação da fé e do amor é sempre uma consequência de uma deterioração da religião.”
*O artigo não reflete necessariamente a opinião do blog (contrariamente aos editoriais, que são a posição oficial)

ISRAEL LEAL,
Mestre em Teologia/ Professor da Rede Pública/ Licenciado em História/ Pós-graduando em História da Cultura Afrodescendente no Brasil/ Bacharel em Direito/ Pós-graduado em Compliance/ Apresentador do Podquest do Professor.

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