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ESCOLTA NO CARNAVAL: DESFILAR COM CORRENTE DE OURO E CELULAR NO BOLSO PODE CUSTAR ATÉ R$ 5 MIL POR DIA

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Dá para imaginar o trabalho que é manter um integrante da majestade seguro em meio ao Carnaval de Salvador, quando milhares de pessoas transbordam nas ruas da cidade? A missão não é fácil e inclui carros blindados, motoristas armados, seguranças na porta do camarote e, pelo menos, um agente que não saia de perto do protegido.
O esquema pesado será colocado em prática em menos de duas semanas, quando um príncipe chegará à capital para curtir a folia. Mas o privilégio não é exclusividade da realeza e custa entre R$1,2 mil a R$5 mil para quem deseja se sentir mais seguro.


Empresários com famílias, influenciadores, músicos e celebridades. O perfil de quem contrata empresas de escolta para o Carnaval abrange esse tipo de gente. A maioria dos clientes vem de fora da Bahia, principalmente de estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Quem trabalha com o serviço garante que a procura aumentou depois da pandemia.
“Este ano a demanda está tão grande que estamos com dificuldade para suprir. No ano passado as pessoas ainda estavam receosas com a covid”, diz Carlos Alberto França, dono da FBA Segurança. As notícias sobre a onda de insegurança na Bahia no ano passado também refletiram no serviço.
“Os turistas estão mais preocupados com a segurança e o vemos um aumento de até 60% na demanda”, completa o empresário.


No meio da agonia dos circuitos principais, entre um trio elétrico e outro, homens fortes e vestidos de preto abrem espaço na multidão. No meio deles, um grupo de pessoas, que aparentam ser turistas, vestidos com abadás customizados e acessórios.
Se você é folião de carteirinha, é provável que já tenha visto uma cena como essa. Quem está na pipoca, pode até achar que se trata de uma celebridade, mas nem sempre é.
“Atendemos muito empresários, que vêm para Salvador com a família e filhos mais novos”, diz Carlos Alberto. Na FBA Segurança, um grupo de seis pessoas não desembolsa menos de R$5 mil para percorrer o trajeto entre a van e o camarote escolhido. Para a missão, são contratados sete guarda-costas.


“Quando a pessoa vai sem pagar, não leva cordão de ouro e objetos de valor. Mas, quando está pagando, quer a segurança de poder ir com aliança, celular no bolso”, justifica.
O perfil dos seguranças que fazem o trabalho de escolta, são oriundos das forças armadas ou da polícia militar. É o caso de Wellington Correia, militar da reserva que fundou a Weu Transportes em 2015. A empresa oferece diversos tipos de serviços durante o Carnaval, que podem incluir escoltas ou não.


A atividade de vigilante privada é regulada pela Polícia Federal desde 1983 e exige uma série de pré-requisitos, como curso de formação e exames psicotécnicos. Militares da ativa são proibidos de realizar segurança privada.
Na empresa de Wellington, os funcionários não circulam armados no circuito, mas há possibilidade de contratar um agente de segurança pessoal por R$1,2 mil. O agente fica até 12 horas à disposição do contratante.


Já os guarda-costas que acompanham foliões entre o camarote e a saída do circuito são contratados por, em média, R$200 por pessoa. Em cinco dias de curtição, o turista gasta até R$1 mil Os valores dependem ainda se os agentes vão ficar à disposição durante a noite ou não.
“Nós temos uma estrutura de atendimento de grupos de até 20 pessoas que queiram ir para o camarote ou trio com segurança. Temos a autorização para trânsito livre para executar o serviço”, explica Wellington Correia. Na FBA Segurança, os motoristas ficam armados, mas não circulam fora dos veículos no circuito.
ESCOLTA ESPECIAL


Pelo terceiro ano, a empresa de Carlos Alberto vai fazer a segurança de um príncipe que vem para Salvador curtir o Camarote Salvador, no circuito Barra-Ondina. Ele não revela o país de origem do turista estrangeiro, mas detalha o esquema de segurança para receber a majestade.
“Em situações desse tipo o nosso esquema muda totalmente. A gente não sabe quem está com ele, então aumentamos o leque de seguranças. Mandamos dois homens para ficar na frente do camarote que ele vai estar, além de um para acompanhar”, explica. “O veículo é diferenciado, precisa ser blindado”, completa Carlos Alberto. (Fonte: https://www.correio24horas.com.br)

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