FAMÍLIA ODEBRECHET BRIGA JUDICIALMENTE POR ILHA NA BAHIA e KIEPPE, A ILHA DISPUTADA ENTRE HERDEIROS DE ODEBRECHT, ERA XODÓ
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A crise está instalada na família Odebrechet. Agora, a disputa é para evitar que a ilha Kieppe, pertencente a Emílio Odebrecht, seja vendida para cobrir dívidas do grupo, que entrou em recuperação judicial há cerca de quatro anos.
A Cape Patrimonial, empresa de Eduardo Odebrecht e seus descendentes que detém 15% da Kieppe, moveu ação com o intento de bloquear o Condomínio Casa do Bosque (que fica na ilha) e as demais companhias por considerar ter havido gestão temerária no grupo, culminando com o envolvimento na Operação Lava Jato. A Cape diz que sequer foi consultada sobre o pedido de recuperação judicial.
A empresa argumenta que o processo judicial é uma tentativa dos primos de Marcelo e Maurício Odebrecht de evitar uma “dilapidação patrimonial”, após a recuperação judicial. Eles apontam estar havendo uma venda desenfreada de bens sem que haja um motivo consistente.
A Justiça baiana concedeu a alienação do Condomínio Casa do Bosque e da ilha Kieppe, porém requereu que uma nova ação fosse aberta diante da fragilidade das acusações sobre gestão temerária. Em recurso, decidido em maio do ano passado, foi estabelecido que não caberia o bloqueio dos demais ativos do grupo.
A ilha tem aproximadamente de 78,6 mil m², e está localizada na região de Barra Grande, entre a ponta do Mutá e Boipeba, na península de Maraú (BA). A população local conhece o local como a “ilha da Odebrecht” e afirmam que há uma grande marina e uma mansão, que recebe, com frequência, Emílio e a família. Entretanto, por pertencer a União, a terra não pode ser alienada, apenas seu direito de uso é “vendido”. (Fonte: https://bahiaeconomica.com.br)
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KIEPPE, A ILHA DISPUTADA ENTRE HERDEIROS DE ODEBRECHT, ERA XODÓ – Por Levi Vasconcelos “A TARDE”
A primeira obra da Construtora Norberto Odebrecht foi a Ponte do Saici, em Ituberá, na verdade um porto, lá pelo final de 1940. Ela entra nas águas do Rio Serinhanhem, que bem pertinho vira oceano pleno na boca da Baía de Camamu. É onde fica a Ilha de Kieppe, agora motivo de disputa entre os herdeiros.
Desde a construção do Porto do Saici, num tempo em que a navegação de cabotagem (ligações de porto a porto no Brasil, por rios e mares) era o tchan da economia. Foi a partir daí que o engenheiro Norberto Odebrecht, pernambucano, pegou chamego com o Baixo Sul, que durou a vida toda.
Kieppe é um point paradisíaco em que Odebrecht, o velho, passou grande parte da vida, curtindo as belezas da natureza e matutando formas de azeitar o desenvolvimento regional.
QUATRO CADEIAS
A partir de Ituberá, onde ele criou o Instituto de Desenvolvimento do Baixo Sul (Ides), Odebrecht elaborou uma série de ações para implementar quatro cadeias – da pesca, da piaçava, do palmito de pupunha e da mandioca.
Conta Juscelino Macedo, presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Tancredo Neves (Coopatan) que as cadeias da pesca e da piaçava não avançaram, mas as do palmito e da mandioca, esta com ele à frente, estão aí firmes e fortes.
A ilha de Kieppe, quando Odebrecht pegou, era mato puro, assim como a Serra da Papua, em Ibirapitanga, onde ele construiu um belo hotel. Era como uma espécie de Rei Midas, tudo o que tocava virava ouro. Agora vem a banda do perigo. (Colaborou: Marcos Vinicius)
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