RELAÇÃO COM OS/AS FILHOS/AS: QUEM É O ADULTO DA RELAÇÃO? – Pelo Prof. Zenildo-ZOOM
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“Eu já não sei mais o que fazer com essa criança”! Frase como essa é habitual em reuniões de pais/mães e mestres. Afinal, o que tem acontecido nos lares? Sempre faço questão de provocar os/as genitores/as que nos procuram, com a seguinte indagação: quem é o adulto da relação? A autoridade parental é indispensável para a formação do caráter e da personalidade dos/as filhos/as. Crianças criadas sem compreender limites se tornam adultos/as frustrados e infelizes.
Muitos pais/mães, porém, têm medo de desempenhar um papel rígido, confundindo autoridade com autoritarismo. A autoridade enfrenta séria crise na sociedade contemporânea. Qual é a causa dessa desestrutura familiar? A ausência da autoridade, com certeza! Esses/as genitores/as, que pensam cuidar bem dos/s filhos/as, não impõem aquilo que deveriam impor. Seja porque rejeitam toda posição de autoridade, seja porque, embora querendo manifestá-la, não conseguem mantê-la por muito tempo. Educar os/as filhos/as com autoridade é um dos principais desafios diante dos quais os pais/mães se deparam no processo de formação dos/as pequenos/as. O que tem acontecido é a transferência desse direito para avós, professores, vizinhos, irmãos etc.
Diante das questões, ficam as dicas: pais/mães, ao falar com seus/as filhos/as adotem um tom que de voz seguro, firmeza e confiança. Façam contato visual. Olhe-o nos olhos e adapte-se à sua estatura, agache-se para se aproximar também do tamanho. Assim você fortalece a conexão e aquilo que disser terá mais valor. Cumpra as consequências que estabeleceu, nunca deixe de ser carinhoso. Uma autoridade firme não se opõe ao amor, aproximação e carinho também combinam com respeito!
*O artigo não reflete necessariamente a opinião do blog (contrariamente aos editoriais, que são a posição oficial)
Zenildo Santos-ZOOM – Educador e psicólogo; doutorando em Educação pela UNEB, Mestre em Ensino e Relações Etnicos–raciais pela UFSB, e graduado em Psicologia e Letras.
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