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OPINIÃO DE ZEBRÃO: 27 ANOS DA APRESENTAÇÃO DA BANDA CHICLETE COM BANANA NA PRAÇA DO MERCADO EM GANDU

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No dia 27 de julho de 1997, véspera do DIA DA CIDADE, cumprindo uma das suas promessas de campanha, caso fosse vencedor das eleições municipais, traria para exibição em praça pública, a mais renomada banda brasileira de todos os tempos: CHICLETE COM BANANA.
E Zebrão cumpriu.
UM POUCO DA HISTÓRIA DA CHICLETE
A banda originou-se de um conjunto de baile chamado Scorpius que se apresentava em festas de formatura. O grupo tocava em inglês músicas de astros estrangeiros como Rod Stewart, Paul McCartney, e Elton John. Desse grupo já faziam parte Bell (à época tecladista), Rey (à época guitarrista), Missinho, Rubinho Gramacho, Waltinho Magarão (à época baterista), Wadinho (à época guitarrista). Denny e Cacik Jonne se juntaram mais tarde aos demais integrantes.
Em 1979 Bell sugere ao grupo tocarem em trio elétrico. Naquele ano foram contratados pelo bloco Traz os Montes para tocarem na pascoa. No ano seguinte, o engenheiro de som Wilson Silva (irmão de Bell e Wadinho) sugeriu e pôs em prática uma ideia revolucionária de fechar toda a lateral do Trio com caixas de som e usar equipamentos de potência transistorizada, passando todos os músicos a tocarem na parte superior do trio, causando assim, na época, grande diferença dentre os demais, já que nesses a percussão localizava-se nas laterais inferiores e somente os músicos de corda permaneciam na parte superior. Esta foi a maior revolução do trio elétrico na década de 80.
TRANSIÇÃO PRO AXÉ E SUCESSO NACIONAL
Em 1981 o Chiclete com Banana iniciou experiências com todo estilo de música, do rock ao forró. Nesse ano a banda foi convidada para gravar um disco. Surgiu então a vontade de mudar o nome da banda que estava ultrapassado. Nildão, cartunista e artista gráfico foi o responsável pelo nome, que na época, criou muita polêmica. O nome “Chiclete com Banana” deu-se pela grande mistura de ritmos que a banda fazia. Com o nome da banda definido, o 1º LP foi gravado em 1981 com o nome “Traz os Montes”.
Em 1982 gravam o álbum “Estação das Cores”. Em 1983 gravam novo album, “Energia”. Neste biênio tocaram no “Traz a Massa”, que era um bloco mais popular que o “Traz os Montes”. Isso permitiu que suas músicas atingissem tanto um público mais popular quanto o das classes mais altas. O Chiclete com Banana sempre contou com o apoio de um público fiel, constituído da mais variadas faixas etárias e que lotam clubes, ginásios, campos de futebol, casas de espetáculos e diversos outros locais em que o grupo se apresenta.
Em 1985 receberam o convite do bloco “Os Internacionais”, onde tocaram por 5 anos (1985, 1986, 1987, 1988 e 1989). Como o Chiclete já tinha o seu próprio trio, resolveu desvincular-se de blocos de Carnaval e tocar para o povão na rua, com ou sem patrocínio, pois já tinham uma estrutura montada e até sua própria produtora, a Mazana. Neste meio tempo apareceu a proposta tentadora do bloco Camaleão. Era a oportunidade de tocar para um público diferente. Firmaram então contrato com o Camaleão (estreando no carnaval de 1990), sendo hoje o bloco mais caro para desfilar no Carnaval de Salvador, onde permaneceram até 2014.
No ano de 1986 com o lançamento do álbum “Gritos de Guerra”, a banda vendeu quase um milhão de cópias, marcando assim o início do enorme fenômeno chamado Chiclete com Banana. Com o lançamento do disco a Banda vendeu entre 750 e 800 mil cópias recebendo 3 discos de platina surgindo os “Chicleteiros”. A banda possui também o trio elétrico mais moderno e caro do país.
Até abril de 1986 o Chiclete Com Banana era composto por 8 integrantes. Tinham 2 guitarristas (Missinho e Jonny); 3 percussionistas (Waltinho, Denny e Rubinho Gramacho). Saiu então Missinho e Rubinho e só ficaram 6 (seis). Não houve substituição. A saída de Missinho, à epoca considerado um bom compositor e músico, gerou desconfiança nos fãs. Mas continuou com álbuns de estúdio e ao vivo de sucessos como por exemplo, “Fé Brasileira”, “Tambores Urbanos”, “Classificados”, “Banana Coral”, “É Festa”, “Santo Protetor”, “Chiclete Na Caixa, Banana No Cacho”, “Sou Chicleteiro”. (Fonte: Wikipédia)
Foi algo verdadeiramente inacreditável, a confirmação da presença da Banda Chiclete com Banana em nossa cidade, e mais, em praça pública… grátis, uma época em que estávamos acostumados a ter festas em praça pública, como o São João, com a praça do Mercado totalmente fechada com Madeirit, sendo cobrado o ingresso.
Mas Zebrão havia prometido acabar com a festa na praça do mercado, quando os comerciantes eram deslocados e impossibilitados de revender as suas mercadorias, quando da realização de festas cobradas.
O primeiro São João do seu governo em 1997, já foi na entrada da cidade, para não incomodar os amigos feirantes. E avisamos, vamos fazer a festa de despedida do mercado, com a Banda Chiclete com Banana no dia 27 e no dia 28, DIA DA CIDADE, a apresentação de Edson Gomes.
Milhares, milhares de pessoas de toda região e de outras regiões do estado, vieram até Gandu assistir a estes dois shows, que abalaram a nossa cidade., já que Chiclete com Banana, estava no apogeu.
Foi uma festa grandiosa, que temos certeza, levará muitos e muitos anos, para que outra igual seja realizada como presente de aniversário do Dia da Cidade. Passaram-se 27 anos e nada parecido aconteceu, certamente levaremos 50 anos, para que o fato se repita.
O Bell é um cara simples, do diálogo. A banda ficou hospedada na Pousada Sales, fomos recepciona-lo e aos seus colegas. Só exigiram whisky, ficamos na antessala da pousada conversando, até bem próximo ao show. Infelizmente não é como hoje, celular para todo lado documentando os fatos.
Tivemos problemas em contratar um palco como os seus engenheiros queriam. Sugerimos um trio elétrico, entramos em contato com o próprio Bell e ele aceitou cantar em trio, desde que fosse o Tapajós, do velho Orlando, mas que naquela época, já era comandado por seu filho Orlandinho.
Apresentou-se façam ideia hoje: CHICLETE COM BANANA na praça da feira, 0800, nunca vimos tanta gente em Gandu. Não aceitamos UM vendedor sequer que não fosse de Gandu, que não morasse em nossa cidade. Muita confusão, muita discussão com o pessoal de fora, mas fazer o que…
O nosso colega “Boca Rica”, prefeito da cidade de Tancredo Neves, por volta das 12 horas do dia da festa, chegou com cinco pessoas da cidade, pedindo para que conseguisse um local para os seus “capeteiros”, foi um sacrifício convencer o prefeito da impossibilidade em atende-lo. Não abrimos mão, de fora não… vamos prestigiar o nosso pessoal e assim o fizemos.
Foi algo gratificante para nós e também para os ganduenses. Como é que o prefeito de Gandu levava até a sua cidade uma banda como a Chiclete… o que todos perguntavam e respondíamos, promessa de campanha é promessa de campanha.
Temos absoluta certeza, que foi a maior festa que Gandu já realizou, foi sem dúvidas, a maior festa do dia da cidade até hoje realizada.
Todas as cidades da região e do estado do nosso porte, ficaram com ciúmes. Os prefeitos nos perguntavam, como é que você fez isso, agora os jovens da nossa cidade ficam a nos cobrar, se Gandu contratou, por que o senhor não pode contratar, afinal, nossa cidade é bem maior que Gandu.
Os comentários tiveram início nos primeiros dias de julho e após o evento, continuaram até o final de ano. Algo gratificante. Marcante. (Fonte: Memórias de Zebrão)
(ANTONIO CARLOS FARIAS NUNES é Bacharel em Administração, Bacharelando em Ciências Políticas, ex-Professor de História da Filosofia no Colégio Castro Alves, em Gandu; ex-Professor de OSPB e EMC da Escola de 2º. Grau Eliseu Leal, em Gandu. Ex-funcionário dos Bancos BANEB e Brasil em Gandu, Itabuna e Una; Fundador e ex-presidente da Liga Ganduense de Futebol; Fundador e ex-presidente da União dos Vices Prefeitos da Bahia; Ex-Diretor Concursado da Câmara de Vereadores de Gandu; Ex assessor dos deputados Osvaldo Souza, Nestor Duarte e Félix Mendonça; Ex-Vice- prefeito; ex-prefeito de Gandu e ex-presidente da AMURC)

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