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EMPRESAS DE MACONHA NOS EUA LUCRAM MAIS VENDENDO CERVEJA DO QUE A ERVA

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A Tilray, que prometia abalar o mercado de álcool ao apostar no segmento de cannabis legal, agora depende cada vez mais da venda de cervejas.
Uma esperada flexibilização nas leis dos Estados Unidos, conhecida como reclassificação, ainda está distante, deixando em vigor restrições nas vendas devido à classificação da maconha ao lado de drogas como LSD e heroína.
Isso levou as empresas de cannabis a buscarem outros negócios, incluindo álcool e cânhamo, contrariando promessas, como a da Tilray, de que o mercado capturaria gastos de cervejeiros, destiladores e vinícolas.
“Os operadores de cannabis nos EUA estão fazendo tudo o que podem para gerar fluxo de caixa e se manter até conseguirmos a reclassificação,” disse Scott Fortune, diretor-gerente da Roth MKM. “Se não conseguirmos a reclassificação, veremos mais eliminação e consolidação de muitos varejistas, marcas e operadores dentro da indústria.”
No trimestre fiscal que terminou em maio, a Tilray mais que dobrou as vendas de álcool em relação ao ano anterior.
A empresa arrecadou US$ 76,7 milhões (R$ 434,4 mi), o maior valor de qualquer linha de produtos e cerca de US$ 5 milhões (R$ 28,3 mi) a mais do que arrecadou com a venda de cannabis. Esse foi o primeiro trimestre em que a Tilray gerou mais receita com bebidas alcoólicas do que com cannabis.

O otimismo de que os EUA mudarão sua posição sobre a maconha aumentou neste ano, quando a DEA (Administração de Controle de Drogas, na sigla em inglês) disse que estava revisando o status da droga no país. Joe Biden se manifestou a favor da mudança em maio.
As ações ligadas a cannabis subiram na segunda-feira (9) depois que o ex-presidente Donald Trump disse que apoia a mudança da classificação da droga de substância para uma categoria de baixo risco. A DEA ouvirá opiniões de especialistas sobre a classificação proposta em dezembro.
“Estou quase 100% confiante de que obteremos uma decisão positiva,” disse Darren Weiss, presidente da Verano Holdings, em entrevista.
Para as empresas, a mudança significaria o fim de impostos onerosos cobrados por lidar com substâncias restritas —a Verano estima um fluxo de caixa adicional de cerca de US$ 80 milhões (cerca de R$ 453 mi) anualmente apenas com essa mudança.
Isso potencialmente abriria caminho para legitimar a indústria, facilitando a operação como um negócio regular e melhorando o acesso a serviços financeiros.


PREPARAÇÃO PARA O FUTURO

Doces feitos com maconha são oferecidos durante evento em Tailândia

Ainda assim, veteranos da indústria são cautelosos em depositar sua fé no governo dos EUA mudando de postura sobre a cannabis. Os atuais esforços de diversificação são uma tentativa de proteger os negócios independentemente do resultado.
“Eu nunca quero estar aqui esperando e dependendo da legalização pelo governo,” disse o CEO da Tilray, Irwin Simon, em entrevista.
A Tilray foi além de seus pares para diversificar, adquirindo pelo menos 12 cervejarias nos EUA. No mês passado, adquiriu quatro cervejarias artesanais da Molson Coors.
O movimento carrega o risco de entrar em um mercado em declínio, já que cada geração está sucessivamente menos interessada em beber álcool do que a anterior. Cerca de metade dos jovens de 18 a 25 anos que responderam a uma pesquisa nacional disseram em 2023 que beberam no mês passado, em comparação com cerca de 60% em 2014. (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br)

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