PARA ALÉM DO MACHISMO: CUIDAR DA SAÚDE É ESSENCIAL – Pelo Prof. Zenildo – ZOOM
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Tradicionalmente, muitos homens enfrentam dificuldades em buscar atendimento médico, um comportamento que, em grande parte, é influenciado por normas machistas enraizadas em nossa sociedade. Desde cedo, o homem é condicionado a adotar uma postura de autossuficiência, como se precisar de ajuda fosse uma fragilidade a ser evitada. Esse estigma gera barreiras invisíveis que impedem o autocuidado, levando homens a ignorarem sintomas, procrastinarem exames e consultas, e até a resistirem ao acompanhamento médico regular.
A realidade, contudo, é que a saúde masculina depende, em grande medida, de uma atitude preventiva, que passa pela adoção de práticas de autocuidado e pela visita regular ao médico. Buscar apoio nos serviços de saúde não é sinal de fraqueza, mas de responsabilidade consigo e com quem está ao redor. Para que isso ocorra, é preciso desmistificar a ideia de que cuidar de si é algo “para os fracos” ou que não é “coisa de homem”. Essas concepções equivocadas contribuem para índices elevados de doenças cardiovasculares, diabetes e até cânceres, que poderiam ser prevenidos ou tratados precocemente com acompanhamento médico adequado.
A quebra do machismo é, portanto, um passo fundamental para que os homens enxerguem o cuidado com a saúde como uma prioridade. Para alcançar uma vida saudável, é preciso desafiar estereótipos e compreender que reconhecer a necessidade de ajuda não diminui o valor de ninguém; pelo contrário, é uma decisão consciente que reforça a autonomia e o bem-estar. Aos poucos, ao abandonarmos essas crenças limitantes, promovemos uma sociedade onde o autocuidado é normalizado para todos, contribuindo para a longevidade e qualidade de vida dos homens e de suas famílias.
*O artigo não reflete necessariamente a opinião do blog (contrariamente aos editoriais, que são a posição oficial)
Zenildo Santos-ZOOM Educador e psicólogo; doutorando em Educação pela UNEB, Mestre em Ensino e Relações Etnicos –raciais pela UFSB, e graduado em Psicologia e Letras.
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