PETROBRAS ANUNCIA AUMENTO DO PREÇO DA GASOLINA E DO DIESEL E “A GREVE É O MAIS PROVÁVEL”, DIZEM CAMINHONEIROS SOBRE AUMENTO DA PETROBRAS

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A Petrobras anunciou, nesta sexta-feira (17/6), novo reajuste no preço da gasolina e do diesel. A gasolina chega, agora, a R$ 4,06 por litro. O valor anterior era de R$ 3,86. O diesel sobe o preço médio de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Aumento passa a valer a partir deste sábado (18/6).
Assim, o reajuste da gasolina será de 5,18%, enquanto o do diesel chegará a 14,2%. A medida contraria o pedido do governo para que a Petrobras segurasse o preço dos combustíveis.

Em comunicado, a estatal ressaltou que o aumento foi feito 99 dias após a última mudança no preço da gasolina. No caso do diesel, o valor estava mantido por 84 dias, segundo a Petrobras.
“A companhia tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio. Esse posicionamento permitiu à Petrobras manter preços de GLP estáveis por até 152 dias; de diesel por até 84 dias; e de gasolina por até 99 dias”, diz a nota.

O Conselho Administrativo da Petrobras fez uma reunião emergencial na quinta-feira (16/6), durante o feriado, para tratar do aumento. O presidente do órgão, Márcio Weber, convocou o encontro para tentar dar um fim à crise que toma conta do assunto.
O fato de, segundo a Petrobras, os preços estarem abaixo do mercado internacional fez com que a decisão fosse tomada. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores e Combustíveis (Abicom), a defasagem em relação ao combustível no mercado externo é de até 18% no diesel e de 14% na gasolina.
Com o impasse entre as demandas do governo e do Congresso – que querem os preços mais baixos – e do mercado, que insiste na política de preço de paridade de importação (PPI), o conselho apostou no aumento. (Fonte: Correio Braziliense)

“A GREVE É O MAIS PROVÁVEL”, DIZEM CAMINHONEIROS SOBRE AUMENTO DA PETROBRAS

Caminhoneiros reagiram com ameaça de greve e mobilização contra o governo de Jair Bolsonaro (PL) após o anúncio de nova alta no preço do diesel pela Petrobras, ontem, sexta-feira (17/6). Um dos mais conhecidos líderes da categoria, Wallace Landim, o Chorão, disse que “a greve é a mais provável” reação contra a política de paridade de preços praticada pela Petrobras.
Chorão foi um dos responsáveis pela paralisação dos caminhoneiros em 2018, com forte mobilização no Centro-Oeste e Sudeste do país. “A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável”, diz a nota.
A reação ocorre após o Conselho de Administração da Petrobras anunciar aumento percentual da gasolina em 5,18%, e de 14,26% para o diesel, válidos a partir de amanhã (18). O reajuste, no entanto, foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã de ontem.

“DEFENDER O INDEFENSÁVEL”
Presidente da Frente Nacional em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, o deputado Nereu Crispim (PSD-RS), disse que o presidente busca dissimular as decisões políticas no contexto da Petrobras. “Bolsonaro continua querendo tirar a responsabilidade dos seus ombros, isso é uma mentira deslavada, já que a solução está na sua caneta.”
Já o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, afirmou que o presidente visa iludir a população com postagem críticas ao aumento. “Ele fala como se o governo fosse contrário ao aumento e não pudesse fazer nada”, comentou. “Só os que idolatram o presidente podem defender o indefensável. Faltam palavras para definir quem tem uma prática completamente separada do discurso”, pontuou.
Para Gilson Chequeto, CEO da Lincros, uma das maiores startups do setor de logística do Brasil, o impacto no orçamento institucional está prestes a ser repassado ao consumidor final. “Alguns dos nossos clientes chegam a transacionar R$ 20 milhões em frete por mês. O impacto financeiro deste aumento dos combustíveis muitas vezes não é repassado ao cliente final, estrangulando a margem do transportador. Isso nos faz questionar até quando os transportadores vão conseguir segurar estes custos”, comentou. (Fonte: Metropoles)

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