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A campanha do “Maio Laranja” existe para proporcionar reflexões sobre uma questão real e frequente, que é o abuso e exploração sexual infanto-juvenil. Muitas crianças e adolescentes vivem ao lado do “inimigo”, na maioria dos casos, a vítima é envolvida em uma relação muito próxima, sendo que, a partir das primeiras experiências de sedução, se somam ameaças constantes, na tentativa de manter o segredo que envolve o contato.
Esse sentimento disponibilizado as crianças e adolescentes ultrapassa a linguagem do afeto, constituindo-se em uma forma de amor diferente do que o/a menor deseja ou precisa. A vivência em torno dessa dinâmica leva a vítima de abuso a uma situação de desproteção.
É importante enfatizar que comumente os abusos são atos físicos que incluem toques nos órgãos genitais, masturbação, tentativas de relações sexuais, sexo oral e/ou penetração, e atualmente através das várias ferramentas digitais. Ainda que não envolva qualquer contato físico, o abuso é uma grave violação de direitos humanos, que deve ser denunciada às autoridades.
Esses atos baseiam-se, na maioria das vezes, na posição de poder do adulto sobre a vítima, que é chantageada e ameaçada pelo agressor. Em tempos de whatssap e facebook é preciso fiscalizar com quem nossos/as filhos/as conversam; existem muitos agressores do outro lado da tela seduzindo crianças e adolescentes. Então nem só em maio, mais o ano todo, precisamos intensificar o cuidado e fiscalização, mesmo porque os abusadores moram ao lado, estão na mesma casa e muitas vezes dormem no mesmo quarto.
*O artigo não reflete necessariamente a opinião do blog (contrariamente aos editoriais, que são a posição oficial)
Bacharel em Psicologia, Psicopedagogo e Mestrando pela UFSB em Ensino e Relações Étnicos Raciais.
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