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PARA PESQUISADOR, ELEIÇÃO BAIANA NÃO TEM PARARELO COM DISPUTAS RECENTES E CLIMA ESQUENTA NA POLÍTICA DA BAHIA

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Pesquisador fala das chances eleitorais de Jerônimo, Neto e Roma

Diretor-presidente e pesquisador da Compasso Pesquisa, Oscar Silva considera um erro interpretar o cenário da eleição ao Governo da Bahia em 2022 com base na dinâmica de eleições recentes, como as de 2006 e 2014.
Naquelas disputas, vencidas pelo hoje senador Jaques Wagner e pelo governador Rui Costa, respectivamente, ambos superaram a dificuldade do desconhecimento do eleitor na fase de pré-campanha. Na avaliação de Oscar, neste ano, o pré-candidato do PT a governador, Jerônimo Rodrigues, tem desafio maior do que aqueles de Rui e Wagner.
– A gente não pode cravar que vai haver um esvaziamento do nome na liderança [das pesquisas], porque ACM Neto tem nome que permeia o inconsciente do eleitor, tem muito mais carisma do que os candidatos [das eleições] anteriores e tem uma estrutura forte no maior colégio eleitoral, que é a Região Metropolitana de Salvador, e o Recôncavo. Dos 13 prefeitos da Região Metropolitana, dez confirmaram apoio a ele – observa Oscar em entrevista à coluna Arriba Saia, do PIMENTA.
DE LULA PARA JERÔNIMO

Outro desafio que as grandes cidades reservam a Jerônimo, segundo Oscar, é a maior dificuldade da transferência dos votos que deve angariar quando for apresentado como candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
– O eleitorado de cidades maiores, acima de 300 mil habitantes, é mais resistente à transferência de votos. Não é afirmação minha. Há uma tendência, captada por estudos, de que a transferência do voto seja mais limitada nos centros urbanos. Quanto mais escolarizado é o eleitor, menos ele aceita transferência de popularidade e prestígio.
SEGUNDO TURNO?

O pesquisador ressalva que a influência eleitoral de Lula é muito forte na Bahia e, por isso, Jerônimo Rodrigues deve crescer nas pesquisas quando a maior parte do eleitorado associá-lo ao ex-presidente. Esse é um dos elementos de forte tendência de segundo turno no estado, avalia.
Do mesmo modo, segundo Oscar, o pré-candidato do PL, João Roma, será beneficiado pela transferência de votos dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro, ainda que em patamar inferior e com chances remotas de ir ao segundo turno, pois, numa leitura pragmática, o eleitor menos sectário do presidente pode escolher Neto para derrotar o petismo na Bahia.

RADAR DO ELEITOR
Para quem não se envolve na política partidária e não a acompanha cotidianamente, a disputa pelo Palácio de Ondina ainda não é uma questão, explica Oscar, comparando os patamares que os pré-candidatos a presidente da República e ao Governo da Bahia alcançam nas pesquisas espontâneas, quando os eleitores dizem em quem pretendem votar sem que lhes tenham sido apresentado os nomes dos concorrentes. Enquanto Lula e Bolsonaro se consolidam na preferência espontânea do eleitor, os pré-candidatos ao governo estadual são poucos lembrados espontaneamente, com vantagem de Neto em razão do seu recall.
QUESTÃO DE MÉTODO
A pré-campanha de ACM Neto conseguiu a impugnação de pesquisa que o associava ao presidenciável Ciro Gomes (PDT) e alguns institutos têm evitado a aferição da influência dos presidenciáveis no pleito estadual. Para Oscar Silva, uma coisa é associar Neto ao pedetista de forma indevida, já que o pré-candidato do União Brasil tem dito, repetidamente, que seu palanque está aberto; outra é abrir mão de investigar o ânimo do eleitorado com uma pergunta pertinente ao processo decisório do voto.
– É o quadro que melhor vai espelhar a eleição. Nas minhas pesquisas de consumo interno, para clientes da situação e oposição, aconselho a colocar os devidos apoios [dos presidenciáveis], porque é o cenário mais condizente [com a realidade investigada]. (Fonte: https://pimenta.blog.br)

CLIMA ESQUENTA NA POLÍTICA DA BAHIA

O clima vai esquentando na política baiana e apertando o cerco a ACM Neto. Nesta semana, o vereador de Salvador Alexandre Aleluia, que é candidato a deputado federal, disse que a turma do ex-prefeito da capital ataca João Roma porque está desesperada com o que vê nas ruas.
Aleluia diz que os carlistas soltam boatos de que João Roma, candidato do presidente Jair Bosonaro a governador da Bahia, fez acordo com o petista Jaques Wagner. Mas quem vive abrindo portas para o PT é ACM Neto, como aconteceu nesta semana.
Logo depois da festa do 2 de Julho, o ex-presidiário Luis Inácio deu declarações de que seu candidato na Bahia é o do PT. Mas, como ele vê nas ruas que não tem chance alguma, afirmou que, se voltar à cena do crime, vai tratar qualquer governador de forma igual, não importa o partido.

ACM Neto elogiou as declarações do ex-presidiário e foi secundado pelo prefeito Bruno Reis, do mesmo partido. Aleluia afirma que Luis Inácio fez um “discurso de boa vizinhança” focado justamente em ter o apoio de Neto e o carlista adotou a postura clara “de quem faz acordos não publicáveis”.
“Os fatos demonstram quem está se unindo. É o ex-prefeito que quer se aliar a Lula. Têm medo porque as pesquisas das ruas demonstraram, no feriado, quem realmente reúne multidões sem precisar convocar pessoas pagas com dinheiro público. Quem fez isso foi o presidente Jair Bolsonaro, que tem candidato: João Roma”. (Fonte: Pimenta)

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