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DISCURSO DA DERROTA QUE BOLSONARO NUNCA LEU FOI ESCRITO POR 4 MINISTROS / SILVINEI VASQUES É PRESO POR SUPOSTA INTERFERÊNCIA NAS ELEIÇÕES DE 2022

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O clima no gabinete de Jair Bolsonaro era melancólico na manhã do dia dia 31 de outubro, a segunda-feira seguinte à eleição.
Ministros chegavam em silêncio, como se viessem para um velório, para encontrar o chefe abatido, carrancudo e silencioso.
O senador Flávio Bolsonaro e o ajudante de ordens, Mauro Cid, já estavam com o presidente, que na noite anterior tinha ido dormir cedo e recusado visitas.
Rapidamente o gabinete ficou cheio de auxiliares. De acordo com os relatos de dois dos que chegaram cedo, alguns tentavam consolar o presidente, dizendo que ele havia “combatido o bom combate”, que tinha feito um belo governo, tivera uma excelente votação e que a eleição fora uma vitória da democracia.
Outros traziam sugestões mais práticas, das quais a principal era que Bolsonaro fizesse um discurso reconhecendo a derrota o mais rápido possível.
O presidente já tinha rompido a tradição de telefonar para o vencedor logo após a proclamação do resultado. Nem havia telefonado para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite anterior e nem fizera qualquer declaração.
A demora já vinha sendo criticada na imprensa nacional e internacional e incomodava o grupo que trabalhava pelo discurso da derrota.


Além do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Fábio Faria, estavam nesse grupo o titular das Relações Exteriores, Carlos França, o da Economia, Paulo Guedes, o da Casa Civil, Ciro Nogueira, e a presidente da Caixa, Daniella Marques.
Bolsonaro, porém, hesitava. Faria propôs então redigir o discurso e entregar para que ele avaliasse. O presidente concordou, e os ministros desceram para o gabinete da Secom, um andar abaixo do de Bolsonaro, onde um rascunho do discurso foi colocado na tela de uma TV, para que todos lessem.
Foi esse o discurso encontrado nos emails dos auxiliares do presidente da República que agora estão sendo escrutinados pela CPI.
Chavões normalmente usados por Bolsonaro em seus discursos de campanha – como as menções ao “ativismo judicial” e à “perseguição da imprensa” – estavam todos lá. Questionamentos à lisura do sistema eleitoral e do processo de votação, também.
Mas embora nem todos concordassem com esses trechos, todos aprovaram a parte em que Bolsonaro afirmaria que: “Eu sempre disse que o Brasil está acima de tudo e Deus acima de todos e que daria minha vida pelo Brasil. Por esse motivo, não contestarei o resultado das eleições“. (Fonte: https://www.maisgoias.com.br)

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SILVINEI VASQUES É PRESO POR SUPOSTA INTERFERÊNCIA NAS ELEIÇÕES DE 2022


Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, foi preso preventivamente na manhã de hoje em Florianópolis.
O QUE ACONTECEU:
A PF deflagrou a Operação Constituição Cidadã para “esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral” no segundo turno do ano passado.
Vasques foi preso em Florianópolis pela Polícia Federal.
Além do mandado de prisão de Vasques, a PF também cumpre 11 de busca e apreensão: dois em Santa Catarina, dois no Rio Grande do Sul, cinco no Distrito Federal e um no Rio Grande do Norte. A operação da PF tem apoio da Corregedoria Geral da PRF.
Ex-diretores também são alvos. Segundo apurou o UOL, foram alvos de busca e apreensão dois ex-coordenadores gerais e quatro ex-diretores do órgão. Wendel Benevides Matos, ex-corregedor da PRF, foi um deles. Outros 47 policiais rodoviários federais ainda serão ouvidos pela investigação da PF.
Em nota, a PRF diz que colabora com as autoridades “com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais”.
A corporação também diz que há três processos administrativos disciplinares para apurar a conduta de Silvinei. Os processos foram encaminhados à CGU (Controladoria-Geral da União).
Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, complementou a PRF.


MOTIVO DAS INVESTIGAÇÕES
Segundo a PF, integrantes da PRF supostamente direcionaram recursos para dificultar o trânsito de eleitores em 30 de outubro, dia do segundo turno das eleições, sobretudo no Nordeste, região em que o então candidato Lula (PT) teve maioria dos votos no primeiro turno.
Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país.
Os investigados podem responder por prevaricação e violência política, além dos crimes de impedir ou embaraçar o exercício do voto e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato.
Na véspera das eleições, Vasques pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais.
O UOL divulgou dados de um documento interno da PRF que apontam que o órgão, sob Silvinei Vasquez, escalou mais agentes de folga para trabalhar nas blitze no segundo turno em estados onde Lula havia ganhado de Bolsonaro (PL) no primeiro turno. O custo total da operação foi de mais de R$ 1,3 milhão.
ENTENDA O CASO
No segundo turno das eleições, em 30 de outubro de 2022, a PRF realizou mais de 500 operações no transporte de eleitores em várias estradas do país, com maior foco no Nordeste, região onde o então candidato Lula (PT) tinha maioria dos votos.
Nas redes sociais surgiram dezenas de relatos de eleitores que disseram ter enfrentado dificuldades para chegar aos locais de votação. Na campanha do PT, a pressão foi grande para que Moraes prendesse Vasques e estendesse o horário de votação.
Moraes ameaçou prender Silvinei, mas não prorrogou o horário para votar. Posteriormente, o presidente do TSE afirmou que as operações da PRF não atrapalharam o resultado das urnas.
Em dezembro de 2022, Vasques foi dispensado do comandado da PRF. Posteriormente, o órgão concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor.


Vasques é investigado por improbidade administrativa por, supostamente, usar indevidamente o cargo que ocupava na PRF — em depoimento à CPMI do 8 de janeiro, ele negou interferências nas eleições.
Vasques é aposentado desde 21/12/2022, um dia depois de ter sido exonerado do cargo de diretor-geral da PRF. A aposentadoria se deu por tempo de serviço prestado, já que atuou por mais de 20 anos na corporação.
A CPMI também diz ter provas de que Silvinei participou de atos preparatórios dos ataques golpistas às sedes dos três Poderes. Um documento foi entregue ao STF. (Fonte: https://noticias.uol.com.br)

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