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RECENTES ACHADOS DE VIROSE EM CACAUEIROS LEVAM A CEPLAC A ADOTAR MEDIDAS PREVENTIVAS / CASAL DE PRODUTORES FAMILIARES DO QUILOMBO LARANJEIRAS EM IGRAPIÚNA É DESTAQUE NO 6º FÓRUM ANUAL DO CACAU

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Diante da suspeita de sintomas de virose em plantas de cacau no sul da Bahia, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou testes diagnósticos em plantas coletadas no Centro de Pesquisa.
Diante da suspeita de sintomas de virose em plantas de cacau no sul da Bahia, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Ceplac /Mapa) realizou testes diagnósticos em plantas coletadas no Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec). Os testes foram realizados no exterior, em laboratório que detém a patente do método de identificação, e confirmaram a presença do Vírus do Mosaico Moderado do Cacau (CaMMV – Cacao Mild Mosaic Vírus) na maioria das amostras enviadas.
As plantas coletadas apresentavam sintomas atípicos nas folhas, sugestivos de vírus, mas sem seguir um padrão. Vale ressaltar que este mesmo vírus já havia sido relatado no extremo sul da Bahia antes dos achados da Ceplac.
Segundo a literatura, a forma de transmissão está associada a insetos como cochonilhas e pulgões, mas também pode ser disseminada pelo uso de material infectado durante a enxertia.


A primeira medida adotada pela Ceplac, após a confirmação da presença do vírus, foi comunicar oficialmente o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), além da Superintendência de Agricultura e Pecuária (SFA) na Bahia e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB. No entanto, é importante destacar que o vírus CaMMV não figura na lista de pragas quarentenárias do Brasil.
Embora os primeiros achados na literatura sejam de 1943, o conhecimento existente sobre o vírus CaMMV ainda é insuficiente para conclusões. A Ceplac, junto com parceiros, nacionais e internacionais, está elaborando um projeto de pesquisa com o objetivo de monitorar a ocorrência do vírus no Brasil, implementar métodos de diagnóstico, e conhecer melhor os sintomas e possíveis impactos na produção.
A Ceplac reitera seu compromisso com a transparência, a pesquisa e a inovação, buscando sempre contribuir para a segurança alimentar e a sustentabilidade da cacauicultura nacional. (Fonte:Gov.br)

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CASAL DE PRODUTORES FAMILIARES DO QUILOMBO LARANJEIRAS EM IGRAPIÚNA É DESTAQUE NO 6º FÓRUM ANUAL DO CACAU


Rosana Leite e Gilson de Assunção, produtores de cacau do Quilombo Laranjeiras, em Igrapiúna (BA), roubaram a cena no último dia do Fórum Anual do Cacau, promovido pelo CocoaAction Brasil, em Ilhéus, de 20 a 21 de julho. Eles participaram do painel sobre “Manejo eficiente de Cabrucas e Sistemas Agroflorestais (SAFs)” e arrancaram aplausos da plateia com sua história de superação, que evidencia como a assistência técnica e a cooperação através do apoio de prefeituras, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e iniciativas como o CocoaAction pode transformar a realidade de pequenos produtores no Brasil.
Por muitos anos, Gilson migrava para o Espírito Santo para trabalhar na colheita do café e trazer o sustento para família. “Meu objetivo era um só: guardava cada centavo para comprar um pedacinho de terra”, diz. Com disciplina, comprou um sítio de 3 hectares, em que planta cacau consorciado com seringueira, com cravo, e com guaraná e ainda cultiva milho, pimenta do reino, banana, laranja, tem uma horta e criação de frango de corte e galinhas poedeiras.
“Comecei a plantar cacau, mas não tinha experiência com o plantio”, conta. Nesta época, a família recebeu a visita de um primo, que estudava na Casa Familiar Rural, em que os alunos recebem formação técnica em agronegócio. “Ele perguntou por que eu não clonava a lavoura?
Mas era muito caro, não tinha condições financeiras”, diz Gilson, que aprendeu a clonar com este primo. Quando o Cacau+ (programa vinculado ao Ciapra Baixo Sul, consórcio de 14 municípios do Sul da Bahia, que tem como meta elevar a produtividade do cacau) chegou na propriedade, a lavoura já tinha melhorado. “Mas o pessoal do Cacau+ nos capacitou em clonagem, em manejo do cacaueiro”, diz Rosana.


“A nossa maior dificuldade era comprar adubos. Às vezes, passava a hora de adubar, porque não tínhamos dinheiro”, conta Gilson. Com o programa, além da assistência técnica, a família ganha uma análise de solo por ano, 2 toneladas de calcário, 1 tonelada de gesso, 1 kit viveiro rústico e 500 mudas. “Nossa produtividade no cacau saltou de 37 arrobas/ha em 2020 para 100 arrobas/ha no ano passado”, diz Rosana, que é o braço direito do marido na lavoura.
“Nossa vida se divide em antes do Programa Cacau+ e depois”, diz Rosana, que aprendeu a manejar o casqueiro (as cascas que sobram da quebra do cacau) e transformá-lo em adubo não só para o cacaual, mas para outras culturas.
Hoje a família fornece alimentos para projetos como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) “Não precisamos mais trabalhar “para fora”. Hoje, trabalhamos e vivemos do que é nosso”, diz Rosana.
Segundo o IBGE, o Brasil tem hoje 93 mil produtores de cacau, sendo a grande maioria pequenos, com produtividade média de 20 arrobas/ha por ano. No entanto, Rosana e Gilson são a prova que a cacauicultura pode ser muito mais produtiva, gerar renda e qualidade de vida com práticas básicas como assistência técnica, análise de solo, correção e adubação de solo e manejo de poda.
Além disso, quando o produtor opta pelo sistema agroflorestal (SAF), ele incrementa suas fontes de renda. “É importante a diversificação, porque no momento em que o preço do cacau está baixo, a família tem outras culturas para complementar a renda e garantir a continuidade do processo”, diz Vitor Stella, do CocoaAction Brasil.
Por falar em continuidade, as filhas do casal vibravam na plateia, enquanto os pais compartilhavam a história da família. A primogênita já estuda na Casa Familiar Rural e a caçula, em breve, deve ingressar na escola, ajudando a aperfeiçoar a lavoura e garantindo a sucessão familiar. (Fonte: https://www.mercadodocacau.com.br)

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