WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia

MINHA PRIMEIRA VEZ: “GOZEI COMO NUNCA DEPOIS DE ME ASSUMIR LÉSBICA”

.

“Em 2019, aos 36 anos, me assumi lésbica. Três anos antes de me relacionar com a primeira mulher, havia terminado um namoro de oito anos com um homem, com quem havia, inclusive, perdido a minha virgindade. Sempre me relacionei com muitos caras, mas fiz sexo a primeira vez tardiamente, ou melhor, quando eu achei que deveria. Havia questões – meu corpo, medo de engravidar e de virar assunto em rodinha de amigos – tudo fruto de imaturidade e de dar importância para o que os outros diriam.
Durante o meu namoro duradouro, pouquíssimas vezes gozei. E, quase no fim do relacionamento, fazia sexo sem vontade. E eu me violentava fazendo isso, percebi depois. Logo na minha transa com uma mulher senti um prazer e gozei como nunca tinha gozado com tanta facilidade!
Após o término desse relacionamento, decidi viver tudo o que não havia vivido. Entrei em aplicativos e, assim como muitos homens fazem, procurava apenas sexo. Confesso que essa libertação me excitava, mas também não era sempre que eu gozava.

Apesar de ser cantada por mulheres com frequência, nunca passou pela minha cabeça ficar com pessoas do mesmo sexo. Pelo menos não com consciência. Perto do Carnaval de 2019, pensei sobre o assunto e decidi, muito racionalmente, que gostaria de ficar com mulheres. Queria novas experiências. Durante os dias de folia, não tive sucesso e acabei ficando apenas com homens. Mas pouco tempo depois, finalmente rolou.
Minha primeira vez depois de ‘assumida’ foi com uma moça que conheci em uma festa. A princípio a gente não tinha nenhum envolvimento emocional, era só tesão mesmo. Mesmo assim, foi a primeira vez que senti alguém se preocupando com o meu orgasmo durante uma relação sexual.
Transamos na casa dela, que havia me convidado para assistir a última temporada de uma série famosa junto com os outros amigos. Aceitei sem nunca ter assistido a nenhum episódio. Fui com a finalidade de ter essa primeira experiência. Quando todo mundo foi embora, ela me pediu para ficar e rolou.

Começamos a nos beijar na sala de TV, e a situação foi fluindo para uma excitação muito gostosa, fiquei muito arrepiada com os toques que recebia por todo o corpo, e tocar nela também foi uma sensação indescritível. Chegou uma hora que ela disse que não precisávamos fazer aquilo se eu não quisesse. Não pensei nem meio segundo e dei continuidade. Fomos para o quarto dela, mas as roupas ficaram pelo corredor.
“EU NUNCA TINHA GOZADO COM TANTA FACILIDADE”
Quando começamos a tocar a vagina uma da outra, racionalizei e fiquei preocupada em não machucá-la, “em fazer direito”, mas ela me deixou muito à vontade e o clima nem chegou a “cortar”. Ela foi me conduzindo e a forma como foi a condução (falando coisas picantes no meu ouvido) me deixou com o maior tesão.
A gente foi se descobrindo e isso fez todo o diferencial. Senti um pouco a falta de penetração, acho que mais pelo costume do que por achar que, de fato, faltava alguma coisa para ser gostoso. Ela gozou e eu gozei ao vê-la gozar. Foi muito bom, eu nunca tinha gozado com tanta facilidade!

Depois disso, ficamos na cama por um tempo conversando, fazendo carinho uma na outra e transamos de novo. Dessa vez rolou sexo oral. Ela fez em mim primeiro, sem pudor algum. Já na minha vez, confesso, fiquei com nojo. Mas na hora que vi a reação dela, fluiu e novamente gozamos.
Não posso dizer que foi romântico, mas teve cumplicidade que nunca tinha tido nas relações anteriores. A preliminar foi duradoura (às vezes, ou melhor, a maioria das vezes, com homem nem tem), não teve pressa. Além disso, descobri que em uma relação heteronormativa, eu gosto de ser dominada, e em uma relação com mulher, gosto de dominar.
Contei todos os detalhes para as minhas amigas. Elas estavam curiosas em saber (como foi, o que senti) e eu ávida para contar. Inclusive, fiquei surpresa com a naturalidade com que contei. Infelizmente com a minha família não tive (não tenho) a mesma reação, não sabem que saio com mulheres.
Este entendimento do que eu sou, sem culpa e sem achar que sexo com mulheres é errado, me permitiu vivenciar 100% o meu corpo. Após essa ‘descoberta’, o sexo passou a ser mais fluido, mais entregue. E desde então, há quase dois anos, nunca mais transei com homens. Não por falta de vontade (eu tenho tesão ainda por homens), mas por escolha.” (Fonte: Universa/UOL)

.

Comentários estão fechados.