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CACAUICULTORES CONSEGUEM FAZER SEGURO INÉDITO COM APÓLICE DO SEGURO DE ÍNDICE DO INMET

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O Instituto Nacional de Meteorologia aceitou segurar a produção de cacau em três fazendas de Ilhéus com 140 hectares, contra o excesso ou falta de chuva entre 1º de agosto e 30 de setembro.
O seguro foi desenvolvido pela Dengo Chocolates, a ZCO2/Block C, e o Instituto Arapyau. Ele tem como contrapartida ambiental a a preservação da Mata Atlântica através do sistema cabruca. A apólice usa indicadores de sustentabilidade para financiar o pagamento do prêmio do seguro com crédito de carbono.
Este crédito é dado aos cacauicultores permaneçam na atividade e a floresta não seja desmatada para outros usos. Os dados meteorológicos das estações do Inmet foram utilizados como indicadores de risco para o contrato entre a seguradora e os agricultores.
A data, o evento meteorológico listado e a intensidade foram definidos em comum acordo. O período escolhido é o mais sensível para a cultura do cacau na região. O objetivo é ter uma garantia caso o clima repita os anos de 2014 a 2016, quando houve uma seca que acabou com cerca de 50 mil hectares.
RENDA GARANTIDA
“É uma alternativa para oferecer, minimamente, uma garantia caso a chuva não corresponda em um período chave para a floração e desenvolvimento do cacau, um complemento de renda para o produtor e um reconhecimento do valor da produção sustentável”, afirmou Ricardo Gomes.
Gerente do Instituto Arapyaú, que atua há 13 anos na região, ele participou da análise dos parâmetros definidos. O seguro paramétrico, é um seguro de índice, para a ocorrência de eventos naturais. É diferente do convencional.
Não ser necessário haver um dano físico na propriedade rural, causado por um evento climático, para que o segurado tenha direito ao pagamento do seguro. O segurado poderá ser ressarcido caso não tenha sido alcançado o índice meteorológico estabelecido no contrato.
Isso inclui a quantidade de chuva, velocidade e intensidade do vento, temperatura, número de dias de sol, ocorrência de geada, granizo, inundação e outros dados específicos para a região produtora.
A insuficiência de chuva, em um período de crescimento da cultura, por exemplo, pode impactar de forma negativa a qualidade do produto. Neste caso, com o seguro paramétrico, o segurado poderá ser ressarcido em razão do potencial dano à produção, o que reduz os custos ao produtor.
GATILHO DE CONFIANÇA
A ministra Tereza Cristina destacou que seguradora e produtor rural asseguram um parâmetro que vai disparar o gatilho da cobertura de apólice. “O seguro paramétrico é uma solução de gestão de risco que pode ser customizada para atender todos os setores do agronegócio”.
A apólice conta com indicadores de sustentabilidade para financiar o pagamento do prêmio do seguro com crédito de carbono – uma espécie de respaldo que o seguro dá para que os cacauicultores permaneçam na atividade e a floresta não seja desmatada para outros usos.
“O Inmet assegura independência e assertividade ao critério de apuração, com amplo histórico de informações meteorológicas. A emissão da apólice é um marco no projeto de financeirização dos dados do Sistema de Informações Meteorológicas”, explica o diretor do Inmet, Miguel Lacerda. (Fonte: A Região)

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