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GWYNETH PALTROW CRIOU ‘O VIBRADOR DOS SONHOS’: ‘DEIXEM AS MULHERES EXPERIMENTAREM O PRAZER DA MANEIRA DELAS’

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Em seu e-commerce para produtos voltados ao bem-estar, a atriz Gwyneth Paltrow agora vende vibradores Foto: NYT
Perto do ovo de jade e da vela chamada “Isso tem o cheiro da minha vagina”, um vibrador é quase uma relíquia. Mas eis que a atriz Gwyneth Paltrow criou seu próprio vibrador, item concorrido na pandemia, e ele está à venda no Goop, seu portal com dicas e produtos voltados para o bem-estar.
Embora muita gente deboche do empreendedorismo da atriz, o vibrador — um modelo em tons pastel, que parece uma casquinha de sorvete, oferece oito opções de velocidade e estimulação interna e externa, e é à prova d’água —, já está esgotado. No site do Goop, ele é descrito como “o vibrador dos sonhos”.

Em entrevista, Paltrow lamentou ter substimado a demanda pelo acessório, já que a pandemia fez tanta gente se isolar, o que, para muitos, signficou dias de sexo solitário. De fato, a indústria de produtos eróticos não conheceu prejuízo nesse período.
Mas o que tem o vibrador criado por Gwyneth Paltrow e sua equipe no Goop? De um lado, uma bola massageadora. De outro, uma varinha que pode ser usada para estimular áreas específicas ou na penetração. Cada uma dessas funções tem oito velocidades, ou seja, são 64 combinações diferentes (ou uma sensação diferente por dia por dois meses). Custa 95 dólares, o que é pagável, se comparado ao dildo de ouro de 15 mil dólares que Paltrow recomendou anos atrás.
“Nós sempre estivemos interessadas no bem-estar sexual, que é um pilar importante do nosso bem-estar geral”, diz a atriz. Leia abaixo a entrevista com a atriz Gwyneth Paltrow.
POR QUE UM VIBRADOR AGORA?

Para muitas pessoas — não para você e eu — um vibrador ainda é considerado uma coisa atrevida. Isso, obviamente, mudou muito na última década. Mas as mulheres ainda não aprendem um certo vernáculo nem como expressar o que elas querem. Não somos boas em expressar a nossa própria sexualidade. Acho que, em vez de “por que um vibrador agora”, deva ser algo do tipo “Como podemos fazer um vibrador que ajude a diminuir o estigma ao redor disso tudo?”
Fale sobre o design dele.
Tantos vibradores são hipersexualizados. São objetos fálicos ou se parecem com algo que você compraria em um sex shop. Eu gosto da ideia de que esse vibrador é bonito e cool, e que você pode levá-lo com você, talvez em um encontro, sem que ele seja embaraçoso para você ou seu parceiro ou parceira.
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Explique.
Acho que estamos apenas tentando fazer algo, digamos, mais intelectual.
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Você percebe isso agora com novas empresas de produtos para mulheres surgindo, com produtos para a vulva e a vagina. Há celebridades assinando com fabricantes de vibradores para promovê-los. É maravilhoso que seja visível, forte e popular. As mulheres estão dizendo: “Está bem. Isto não é vergonhoso. Nós não somos vergonhosas.”
Acho que o Goop tem sido um parceiro nesse processo de criação de uma cultura em torno da saúde das mulheres, de sua saúde sexual e de sua sexualidade. Por isso fizemos a vela da vagina. Vamos dissipar tudo isso. Tirem as suas projeções de cima das mulheres. Deixem que elas tenham as suas experiências, que elas experimentem seus corpos e seu prazer como quiser
VOCÊ TESTOU O VIBRADOR?

Nunca me perguntaram isso antes. Acho que minhas bochechas ficaram rosadas. Vamos deixar assim.
Um pouco menos pessoal: algum hobby novo durante a pandemia?
Eu não diria que desenvolvi nosso hobbies, mas eu certamente me dediquei mais a alguns dos meus hobbies, como a meditação. Eu medito todas as manhãs. Antes, era uma vez a cada duas semanas, ou nunca. E também tenho cozinhado o tempo todo, como quase todo mundo que está em casa.
Você interpretou a paciente zero no filme “Contágio”. Isso a preparou para a pandemia?
Eu lembro de estar no set e ouvir as pessoas dizendo: “Isso pode acontecer, vai acontecer.”
Em fevereiro de 2020, antes de as máscaras se tornarem uma norma, você postou uma selfie no Instagram usando uma máscara.
Isso é um padrão na minha vida. Eu faço uma coisa, todo mundo questiona, tipo “O que ela está fazendo? Ela é louca!”, e então entra para a cultura. Mas, veja, eu tive que ir a França, quando a coisa estava começando. Usei a máscara no avião, mas não no compromisso que foi o motivo da minha viagem. Ao final, peguei a Covid-19.
O Goop tem sido criticado por fazer afirmações dúbias sobre bem-estar e, em 2018, teve que pagar 145 mil dólares por afirmações sem comprovação sobre os ovos de jade vaginais. Por que os clientes deveriam confiar no Goop?
Isso aconteceu há alguns anos, quando ainda éramos uma empresa que fazia a curadoria e comprava de marcas terceiras. Nesse tempo, percorremos um longo caminho para nos tornarmos uma pequena startup. Mesmo com os ovos de jade vaginais. O que aconteceu foi sobre uma questão sobre as afirmaçoes feitas, não sobre os produtos. O ovo não é perigoso, tanto que ainda o vendemos. (Fonte: O Globo)

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