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OS TRÊS DUROS RECADOS DOS MILITARES PARA BOLSONARO – Por Matheus Leitão

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Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro teve três atritos – ou aborrecimentos – com militares de alta patente. São fatos isolados, mas que indicam uma tendência.
O Exército fez uma instrução interna pró-vacina e anti-fake news enquanto o presidente é um divulgador de Fake News e um militante contra a vacina.
Vejam, leitores, que curioso: “não deverá haver difusão de mensagens em redes sociais sem confirmação da fonte e da veracidade da informação. Além disso, os militares deverão orientar os seus familiares e outras pessoas que compartilham do seu convívio para que tenham a mesma conduta”.
Esse foi o primeiro atrito.
Por fim, o Almirante Antônio Barra Torres, presidente da Anvisa, em nota de tom fortíssimo, reagiu às insinuações de Bolsonaro contra a agência dizendo que o presidente, se sabe de algo, deve falar claramente o que tem contra ele e à Anvisa porque, do contrário, estará prevaricando. Ou então… “retrate-se”, disse.
Aliás, esse terceiro embate é considerado o mais forte. Ele lembra na nota que é “general da Marinha” e que é médico. O presidente chegou ao auge dos ataques à agência depois da aprovação da vacina para as crianças de 5 a 11 anos.
Mos o almirante que ele indicou – claramente para mandar na agência – virou o maior paredão de contenção e o maior defensor do órgão, no momento mais crítico que a agência já viveu.

MANIPULAÇÃO
A manipulação de preços para a demagogia eleitoral pode não ter a concordância do general Silva e Luna. Pelo menos, foi isso que ele indicou na entrevista: “Ainda há pessoas que consideram por desinformação ou outro motivo, que a Petrobras deva ser responsável pela redução de preços, ela não tem condições de fazer isso”.
No episódio do Exército, a orientação para que os efetivos da Força só divulguem informações com fontes confiáveis e verificadas é um enorme avanço nesse momento de tanta mentira divulgada pelo próprio presidente e seu entorno.
A orientação do item 22 que diz claramente que a volta ao trabalho presencial precisa ser depois de 15 dias após a vacina (uma ou duas doses dependendo do imunizante) irritou o presidente.
Se o Exército recuar será um absurdo, mas o que já ficou claro é que a Força está voltando ao normal, e sendo parte do Estado brasileiro e não o “meu Exército”, como disse Bolsonaro.
“Avaliar o retorno às atividades presenciais dos militares e dos servidores, desde que respeitado o período de 15 (quinze) dias após imunização contra a Covid-19 (uma ou duas doses, dependendo do imunizante adotado). Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP, para adoção de procedimentos específicos”.
Bolsonaro mudou o comando do Exército, trocou a presidência da Petrobras e colocou um militar na direção da Anvisa pensando que assim os controlaria. E nos últimos dias ficou claro que o plano está fazendo água. (Fonte: Veja)

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