WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia

UM PRESIDENTE ATRÁS DE DESCULPAS PARA JUSTIFICAR SUA EVENTUAL DERROTA / BOLSONARO SE NEGA A RESPONDER O QUE FARÁ SE PERDER COM REGRAS ATUAIS

.

Querem fazer de Jair Messias Bolsonaro o que ele nunca foi e jamais será – um político cerebral, moderado, de bom senso, capaz de refrear seus instintos mais primitivos e de saber ler com argúcia a conjuntura. Se possível, alguém capaz de chorar pela dor alheia.
É o que querem seus conselheiros da banda não familiar e não militar do governo com base em análises de pesquisas que a todo momento são feitas por encomenda dos partidos que o apoiam ou de banqueiros e empresários bolsonaristas de raiz ou de ocasião.
Na semana passada, a pedido de Valdemar Costa Neto, presidente do PL que hoje o abriga, Bolsonaro reuniu-se com ele durante duas horas no Palácio do Planalto. Costa Neto queixou-se dos elevados gastos de campanha e sugeriu correções em suas falas.

Costa Neto não se veste como palhaço, não é espalhafatoso como palhaço, mas é capaz de matar sorrindo como o Coringa. Bolsonaro parece Zelig, personagem do filme de Woody Allen com esse mesmo nome, dotado de raro talento para o mimetismo.
Frequentemente, Bolsonaro decide ou muda de opinião de acordo com a última palavra que ouviu de alguém. Nem por isso se afasta por completo do que ele mesmo e seus filhos julgam o certo. Se foram bem-sucedidos até aqui, por que fazer diferente?
Porque uma coisa foi Bolsonaro se eleger 7 vezes deputado e uma vez presidente com a mesma receita. Num desses giros que o mundo dá, eles ficaram em sintonia. Outra coisa é: decorridos 4 anos com uma pandemia pelo meio a sintonia continuar.
Mesmo depois de votar em Lula para presidente em 2002, logo Bolsonaro voltou a ser oposição, talvez movido pelo ressentimento de não ter emplacado seu candidato a ministro da Defesa. Era um estafeta dos militares e como estafeta permaneceu.
Hoje, é incumbente. E tem pela frente o desafio de enfrentar um ex-presidente da República que governou por 8 anos, elegeu e reelegeu seu sucessor, e é lembrado por ter tirado o país do mapa da fome. A fome voltou para 33,4 milhões de brasileiros.
Bolsonaro não perdeu a esperança de se reeleger e tudo fará para tal, como provou ao pedir ajuda ao presidente Joe Biden para derrotar Lula. No entanto, a menos de 4 meses das eleições, comporta-se como se fosse seu principal adversário.
O que promete fazer caso se reeleja? Ninguém sabe, nem ele que só faz repetir o que disse há 4 anos. Cobra-se de Lula um programa de governo, de Bolsonaro pouco se cobra. Bolsonaro sequer cumpriu o que havia prometido – destruir “o sistema”.
O que ele chamava de sistema, está mais forte. Aumentou o número de ricos e os pobres ficaram mais pobres. Aumentou a violência, apesar de ter aumentado o número de armas à disposição de quem possa comprá-las. O Brasil piorou.
Bolsonaro dá a impressão de lutar para perder de pouco e jogar a culpa nas urnas eletrônicas, na Justiça que tirou Lula da cadeia, nos donos de riquezas que não refreiam seu apetite por lucros exorbitantes, e na pandemia, culpa de Deus ou da China. (Fonte: Metrópoles. Blog no Noblat)

BOLSONARO SE NEGA A RESPONDER O QUE FARÁ SE PERDER COM REGRAS ATUAIS

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se negou a responder, em conversa com jornalistas na última segunda-feira (13/6), o que fará caso as regras atuais do sistema eleitoral sejam mantidas e ele perca as eleições.
Ao ser questionado “E se forem mantidas as regras atuais e o senhor perder?”, Bolsonaro devolveu: “Não vou responder essa pergunta”.
O chefe do Executivo federal ainda reafirmou que não confia no atual sistema, voltou a dizer que existe uma “sala secreta” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e insistiu em apuração paralela conduzida pelas Forças Armadas. A Justiça Eleitoral já informou que não existe “sala secreta”.
“Ah, não existe sala secreta. Ah, não existe, existe sala-cofre. Todos os indícios levam para você ficar preocupado, e nós não queremos preocupações com as eleições. Eu vou entregar o mandato para quem ganhar a eleição… Corremos um risco de termos problema no Brasil todo numa eleição com suspeita.”
E acrescentou: “Se eu perder legalmente, ninguém discute isso aí. Estamos trabalhando para que seja transparente. Se o Lula vai ganhar no 1º turno, com as nossas sugestões, é garantia que não vai ter fraude”.
Bolsonaro ainda rejeitou os temores de que as constantes alegações contra o sistema atual seriam parte da preparação de uma ruptura democrática: “Não estou atacando o sistema democrático, não estou preparando golpe. Queremos é transparência”. (Fonte: Metrópoles)

.

Comentários estão fechados.