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O GOLPISMO DE BOLSONARO DÁ UM NOVO E PERIGOSO PASSO e BOLSONARO E O NOVO MEDO EM RELAÇÃO A ALEXANDRE DE MORAES

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É escandaloso que Jair Bolsonaro use duas das três horas de uma reunião com todos os seus ministros para espalhar, novamente, mentiras e falácias sobre o processo eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas, como revela a Capa de VEJA desta semana.
O presidente da República é um golpista de carteirinha. É de conhecimento público seu alinhamento com o golpe de 1964, e com todas as mazelas que os militares trouxeram para o Brasil ao tomarem de assalto o poder por 21 anos.
Como mostrou a revista, 58 anos após o início da ditadura no Brasil, é através delas, as Forças Armadas, que Bolsonaro busca deslegitimar as eleições de 2022. Uma das formas seria obrigar que o resultado – hoje desfavorável ao presidente – seja auditado com ou sem o aval do TSE.

Há meses, ele usa os militares para tentar colocar dúvidas nas mentes brasileiras – especialmente nos radicais da extrema-direita – sobre algo que sabemos estar acima de qualquer suspeita: o sistema eleitoral do país.
Mas o pior mesmo é saber – através dos jornalistas Daniel Pereira e Laryssa Borges – que o golpismo bolsonarista está cada vez mais entranhado no Estado brasileiro. É uma derrota e tanto para a democracia.
A reportagem mostra que existe eco para as alucinadas teorias da conspiração do presidente da República entre o advogado-geral da União, ministros de Estado, generais da reserva e, pasmem, até da ativa.
O papelão do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira – atacando a cúpula da Justiça Eleitoral e dizendo que as Forças Armadas são ignoradas, desrespeitadas e negligenciadas no Brasil -, mostra como Bolsonaro vem destruindo por dentro instituições do Estado.
É assim que as democracias morrem após o fim da Guerra Fria.
Somada às Forças Armadas, que indicou o vice para a chapa de Bolsonaro, o presidente minou o Coaf, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, entre outros órgãos que são essenciais para um país que deveria buscar se aproximar das democracias mais consolidadas do mundo.
Não é o que acontece. Hoje, sob Bolsonaro, o caminho é inverso. Caminhamos para nos aproximar de países que, ainda hoje, flertam com um viés totalmente antidemocrático.
É o inepto parlamentar Jair Bolsonaro, agora como presidente, fazendo exatamente o que sinalizou que faria a vida inteira, através de sua nefasta trajetória política: rasgar os compromissos republicanos feitos na promulgação da Constituição de 1988. (Fonte: Veja/Matheus Leitão)

BOLSONARO E O NOVO MEDO EM RELAÇÃO A ALEXANDRE DE MORAES

Acossado pelo ministro Alexandre de Moraes em investigações sobre fake news, atos antidemocráticos e milícias digitais, Jair Bolsonaro usou a Advocacia Geral da União (AGU) na última terça, 5 – leia-se o dinheiro do contribuinte -, para tentar tirar do magistrado qualquer poder sobre as novas suspeitas de interferência política na Polícia Federal.
Explico abaixo.
É que – no dia anterior – Alexandre de Moraes pediu uma manifestação da Procuradoria Geral da República sobre a nova acusação relacionando o mandatário a investidas contra a PF. Agora (o presidente é reincidente neste tipo de atitude), no escandaloso caso que apura tráfico de influência do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
Numa reação a um ato corriqueiro do magistrado, que recebeu um pedido de investigação de Randolfe Rodrigues, Bolsonaro acionou a AGU para dizer que o inquérito que apura mal-feitos no MEC – incluindo a suspeita de intervenção dele na PF – já está com Carmén Lúcia, colega de toga de Moraes.
Para o presidente da República e a AGU, pode estar havendo duplicidade nas investigações neste caso. Bolsonaro quer, inclusive, a suspensão do pedido de Alexandre de Moraes à PGR, elevando um ato jurídico banal a um enorme problema.
Desde que uma gravação autorizada pela Justiça revelou que Milton Ribeiro pode ter recebido informações privilegiadas do presidente da República, Cármen Lúcia fez o mesmo ato – pediu uma manifestação da PGR – e disse haver uma “gravidade incontestável” nas suspeitas contra o presidente no caso sob sigilo.

É preciso lembrar que tudo isso só ocorreu por outra questão bastante corriqueira no Supremo Tribunal Federal. O pedido de Randolfe que acabou sob a tutela de Alexandre de Moraes só chegou em seu gabinete porque o ministro preside outro inquérito semelhante, que trata da suspeita de interferência de Bolsonaro na PF denunciada por Sergio Moro.
Neste inquérito, a própria PF afirmou não haver indícios de atuação irregular do presidente, mas o caso ainda não foi arquivado por questões burocráticas. Portanto, continua nas mãos de Alexandre de Moraes. Por se tratar de suspeitas semelhantes, acabou sob a tutela dele, a quem o político de extrema-direita já acusou de abuso de autoridade.
A medida da AGU, que tenta tolher Moraes, é inócua. Carmen também não vai aliviar para Bolsonaro, mas o presidente da República mostra que pode estar ainda mais preocupado com magistrado conhecido como “XERIFE DO STF”. (Fonte: Veja/Por Matheus Leitão)

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