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A RELIGIOSIDADE CRISTÃ – Pelo Prof. ISRAEL LEAL

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Mais um final de semana, e visitamos mais uma Igreja Evangélica, dessa vez foi a Igreja Batista Maranata que está completando 48 anos de missões em Gandu. Com a recepção calorosa de todos e inclusive do Pastor Nilton fomos impactados pelo carinho de todos.
Hoje vamos dá continuidade sobre o tema Religião e nossa indagação é: _”É possível um Cristão viver uma vida de religiosidade?”
Um dia me perguntaram: – Israel, como pode um cristão ser tão cheio de religiosidade? Na verdade, a religião é inerente ao ser humano, até mesmo para o ateu, que elege a razão e a ciência como substituto das coisas espirituais. O Senhor Jesus Cristo era extremamente religioso, sendo reconhecido por onde passava como um Rabi, os seja, um Mestre nas questões do Judaísmo. Entretanto, ninguém confrontou os religiosos de sua época com tanta autoridade como nosso Senhor, sendo até reconhecido por seus ouvintes como alguém que “ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mt 7.29).
O grande desafio para o discípulo de Jesus não é deixar de ser religioso ou desprezar a religiosidade, mas, como o Mestre, vencer a religiosidade vazia e ritualística para viver uma religiosidade sadia e conectada com o Espírito Santo. Quando o Reverendo Batista, Martin Luther King, Jr., enfrentou os racistas no meio do século passado, muitos deles eram das igrejas cristãs, ele não se levantou dizendo que precisávamos de menos religião, ao contrário, ele disse que precisávamos de mais religião, porém, de acordo com o verdadeiro ensinamento do Evangelho de Jesus, e não das regras antropomórficas.

A religiosidade vazia que devemos combater é a religiosidade que preza mais o exterior ao invés do próprio caráter. É aquela que valoriza mais as tradições históricas do que a prática real da Palavra de Deus. Este tipo de vivência religiosa foi amplamente combatida por Jesus em Marcos 7:1-23, quando ele e seus discípulos foram criticados por comerem sem lavar as mãos. Os fariseus eram velozes em cumprir alguns aspectos da Lei que lhes interessavam, como por exemplo, a consagração de bens ao Senhor, ainda que estes mesmos aspectos contrariassem valores mais importantes como o de honrar pai e mãe. Para aqueles, Jesus foi bem direto, chamando-os de hipócritas.
Não é difícil cair nesta mesma armadilha hoje em dia. Geralmente temos os conceitos preestabelecidos de como o cristianismo deve ser vivido, de como que um crente deve fazer, como devemos nos vestir e quais palavras devemos usar. As palavras que saem de nossa boca devem refletir, sim, o estado do nosso coração – se está diante de Deus ou não. Se vivemos uma religiosidade vazia, podemos até falar palavras “bonitas”, mas nossas atitudes comunicam falta de amor e graça. Em contrapartida, se nossa religiosidade é recheada da presença do Espírito Santo, as palavras mais simples e cotidianas vêm repletas do poder transformador de Jesus Cristo.
Sim, é possível ser cristão sem viver uma religiosidade estética. Para isso, basta ter como modelo e referência não pessoas religiosas, mas o próprio Senhor Jesus Cristo. Contudo, precisamos buscá-lo através de uma comunhão genuína pela oração e pela compreensão da Palavra de Deus, vivendo seus ensinamentos como Ele mesmo viveu, sem medo algum de ser um verdadeiro cristão.
*O artigo não reflete necessariamente a opinião do blog (contrariamente aos editoriais, que são a posição oficial)

ISRAEL LEAL,
Mestre em Teologia/ Professor da Rede Pública/ Licenciado em História/ Pós-graduando em História da Cultura Afrodescendente no Brasil/ Bacharel em Direito/ Pós-graduado em Compliance/ Apresentador do Podquest do Professor.

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