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OPINIÃO DE ZEBRÃO: PROFESSOR ZEBRÃO LEVAVA TV PARA A SALA DE AULA. APRESENTAVA-SE NO PRIMEIRO DIA DE AULA: NASCI EM ITABUNA. VOCÊS SABEM A ORIGEM DA PALAVRA ITABUNA? DOU UM DEZ AGORA…

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Aos 72 anos de vida, já descendo a ladeira, tendo a certeza que cumprimos uma boa parte da nossa missão na terra, não esquecemos dos tempos em que ensinávamos no Colégio Castro Alves no terceiro ano de Magistério, História da Filosofia.
Posteriormente e com mais saudades, do tempo que fomos professor de Organização Social e Política Brasileira-OSPB, Educação Moral e Cívica, História… na Escola de Segundo Grau Eliseu Leal.
Foram duas maneiras de ensinamento. No Castro Alves, a maioria eram alunas, quase todas casadas, um professor recém-chegado à cidade, funcionário do Banco do Estado, tinha que manter uma posição distante de professor e aluno.
A sala repleta praticamente de pessoas do sexo feminino, senhoras em sua maioria como as senhoras Ligia Gundim (in memoriam), a hoje Dra. Renilda Souza, havia outra Renilda na sala, que trabalhava na Corrêa Ribeiro, então era a nata da sociedade local.
O professor não podia mostrar a sua verdadeira personalidade. Eram aulas sérias, o professor sisudo, que pouco dava risadas, eram minutos de verdadeiras aulas.
Posteriormente deixamos o Castro Alves que tinha como diretor o Padre Gineto Antonio Colpo, fomos ensinar no Eliseu Leal, matérias mais ao nosso gosto.
Todos jovens… na época bonitão, funcionário de banco, fizemos verdadeiramente um sucesso nas salas de aulas, como professor…
Que coisa gostosa ver alunos de outras salas que por acaso estavam em aula vaga, fazer questão de assistir a aula do professor Antonio Carlos (não era Zebrão ainda).
E nós inovamos, as aulas de OSPB fazíamos questão de ministrar nos terceiros e quartos horários na mesma sala. No dia seguinte em outra. O objetivo era fazer algo diferente, que ninguém nunca havia feito antes.
Levávamos uma televisão de 14 polegadas para a sala. As aulas tinham uma duração de 40 minutos o terceiro horário começava às 20:30 horas. O primeiro horário era das 19:00 às 19:40 horas. O segundo das 19:40 às 20:20 horas. Dez minutos de intervalo. Então o professor Antonio Carlos entrava na sala de aula um pouco antes, para arranjar um local melhor para colocar a TV.


Nossa intenção era a que todos assistissem na primeira aula o Jornal Nacional nos anos 78, 79, 80… que tinha início no mesmo horário de hoje: 20:30horas. Mandávamos que os alunos anotassem as notícias mais importantes que fossem divulgadas pelos apresentadores Cid Moreira e Sérgio Chapelin. Nas aulas distribuía mimos entre os alunos, levava sempre uma caixa de chocolate Garoto, iam passando a caixa aluno por aluno e eles mesmos escolhiam o seu preferido.
No fim da primeira aula, nós nos colocávamos à disposição dos alunos, para comentar os mais importantes fatos do dia, tirando dúvidas, explicando tim-tim, por tim-tim…
Nossa preocupação e sempre dizíamos aos nossos alunos, vou deixá-los preparados para enfrentar o Vestibular, pelo menos no quesito de Redação, pois o tema vai ser um desses.


Quando sentíamos que os alunos estavam cansados, principalmente dia de sexta-feira, a segunda aula nós tirávamos as dúvidas dos assuntos, com o professor em PÉ, EM CIMA DA CARTEIRA DO PROFESSOR… com todo cuidado para não cair.
Façam ideia dos comentários no dia seguinte. Tem um professor no Eliseu que é meio doido… ele sobe na carteira para dar aulas. Então os alunos das outras salas faziam questão de assistir nossas aulas.
Ambiente totalmente sério. Respeito com o professor. Às vezes contávamos alguma ESTÓRIA (empregada para tratar de situações de ficção), para desanuviar o ambiente e perguntávamos:
VOCÊS SABEM POR QUE A COPA DO MUNDO NO MÉXICO A TORCIDA LOCAL FOI PROIBIDA DE ENTRAR NOS ESTÁDIOS NOS JOGOS DO SEU PAÍS?
Dou uma nota DEZ para o aluno que acertar. Não precisa fazer prova… os alunos entravam em polvorosa.
Passados alguns minutos e ouvirmos vários absurdos, nós revelávamos:
PARA QUE ELA NÃO GRITASSE: MÉXI CU…
Aí você acabava com qualquer sono do aluno.
No primeiro dia de aula, nos apresentávamos: sou funcionário do BANEB, nascido em Itabuna… por falar em Itabuna, vocês sabem o seu significado: quem acertar já está aprovado na minha matéria.
Era uma discussão… (fazia isso para nos identificarmos com eles). Passados alguns minutos nós íamos revelar porque o nome da cidade era Itabuna, qual a sua origem:
NO CENTRO DA CIDADE PASSAVA E AINDA PASSA UM RIO CHEIO DE PEDRAS (ATÉ HOJE), ENTÃO OS TROPEIROS TOCANDO OS ANIMAIS CARREGADOS DE SACOS DE CACAU PARA ILHÉUS E VIAM AS ÍNDIAS LAVANDO ROUPAS NAS PEDRAS, SEMI-NUAS DIZIAM: ÊTA BUNDA… DAÍ PARA ITABUNA FOI UM SALTO…
Todos os alunos se deliciavam. Como já dissemos acima, era jovens adolescentes, bem diferentes dos que enfrentamos no Castro Alves. Deus nos livre de fazer uma pergunta dessa na sala de aula, onde predominava mulheres casadas.
Qual o jovem que não queria assistir uma aula com esses intervalos cômicos. E a propaganda saia. Professor é o Antonio Carlos do Banco…
Existiram outras tiradas claro, mas as que mais nos marcaram, foram as duas citadas acima.
Algo que nós profetizamos na sala de aula, aconteceu: dissemos com todas as letras: “NO ANO 2000, SE É QUE VAMOS CHEGAR LÁ (POIS DIZIAM QUE O MUNDO IRIA ACABAR ANTES), QUEM NÃO TIVER IDENTIDADE COM O COMPUTADOR, SERÁ O ANALFABETO DE HOJE…” mais uma verdade. Computador naquela época só pela televisão.
Talvez por isso, quando prefeito da cidade 1997/2000, criamos o curso de INFORMÁTICA, adquirimos 12 computadores e contratamos o professor Leonardo Santana (filho de Fátima), para ministrar aulas. Na cidade praticamente não existiam computadores.
Todos os alunos do Colégio Elódia Veloso, queriam aula de “Computador…” a palavra Informática não era conhecida ainda por todos.
Hoje amanhecemos nostálgicos… relembrando o passado…
Após os relatos acima, perguntamos: VOCÊ FOI MEU ALUNO (A)? POR ONDE ANDAS?
SAUDADES DE VOCÊS. Digam como vocês estão. Nosso zapp: 73.999429940. Aguardo o contato.


(ANTONIO CARLOS FARIAS NUNES é Bacharel em Administração, Bacharelando em Ciências Políticas, ex-Professor de História da Filosofia no Colégio Castro Alves, em Gandu; ex-Professor de OSPB e EMC da Escola de 2º. Grau Eliseu Leal, em Gandu. Ex-funcionário dos Bancos BANEB e Brasil em Gandu, Itabuna e Una; Fundador e ex-presidente da Liga Ganduense de Futebol; Fundador e ex-presidente da União dos Vices Prefeitos da Bahia; Ex assessor dos deputados Osvaldo Souza, Nestor Duarte e Félix Mendonça; Ex-Vice prefeito; ex-prefeito de Gandu e ex-presidente da AMURC)

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