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PORQUE ‘Traumas’ É A MELHOR CANÇÃO DE ROBERTO – Pelo Engº. Agrônomo MARCOS NETO

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“Mau pai um dia me falou prá que eu nunca mentisse, mas ele também se esqueceu de me dizer a verdade, da realidade do mundo que eu ia saber, dos traumas que a gente só sente depois de crescer…”, assim tem início uma das canções mais autobiográficas do ‘REI’ Roberto Carlos, e uma das que mais fundo toca na alma de quem ouve e com ela se identifica.
Cachoeiro do Itapemirim-ES, 1947, dia de festa, o menino Roberto Carlos Braga, 6 anos filho de um relojoeiro e uma costureira, se assusta com o grito da professora e cai sobre os trilhos da ferrovia no exato instante em que uma locomotiva realizava uma manobra, ficando com a perna presa sob o trem, vindo, por conta disso, a ter essa perna amputada. Pode-se imaginar o trauma que foi pra a família, de poucos recursos, ter que lidar com o problema dessa magnitude… “ falou dos anjos que eu conheci, no delírio da febre que ardia, do meu pequeno corpo que sofria, sem nada entender…”, nesse trecho dos versos da canção ele fala de como a família, em especial o pai, fez de tudo para amenizar o problema, “mentindo” para o filho , tentando enfeitar o problema para que as dores física e emocional fossem mais suportáveis.


São Paulo-SP, 1969, nasce Roberto Carlos II, filho do ídolo máximo da música brasileira, dia de festa na família Braga, festa que durou pouco, pois logo se soube que o menino teria nascido com Glaucoma congênito e que corria sério risco de ficar totalmente cego, o que realmente veio a acontecer na juventude, o que demandou intermináveis viagens ao exterior onde o garoto precisou passar por diversas intervenções cirúrgicas. Podemos perceber referências a esses acontecimentos em outro trecho da canção… “agora eu sei o que meu pai queria me esconder, às vezes as mentiras também ajudam a viver, talvez um dia para o meu filho eu também tenha que mentir, para enfeitar os caminhos que ele um dia vai seguir, meu pai tentou encher de fantasia e enfeitar as coisas que eu via…”
Nesta semana, por causa de grave acidente doméstico sofrido por meu filho, e que por isso, ele correu sério risco , por sorte já afastado, de perder parte dos movimentos da mão direita e de alguns dedos , me vi personagem dessa linda e triste canção, não saberia de que modo, como fez o pai de Roberto, eu enfeitaria os caminhos que ele seguiria com tamanho trauma, mas graças a Deus, à ciência, aos competentes médicos, inclusive meu pai que prestou o primeiro atendimento, e às orações dos amigos, passaremos por essa provação sem maiores problemas.


MARCOS NETO é Engenheiro Agrônomo.
(FORÇA MARCOS NETO E FAMÍLIA, ESTAMOS TORCENDO PELA RECUPERAÇÃO DO SEU FILHO)
*O artigo não reflete necessariamente a opinião do blog (contrariamente aos editoriais, que são a posição oficial)

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