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MP DE PORTUGAL – JORGE DE JESUS FOI AGREDIDO COM CINTO EM INVASÃO A CT DO SPORTING

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Na disputa atualmente pelo Mundial de Clubes no Catar, o técnico do Flamengo, Jorge Jesus, viveu uma crise muito distante de sua situação atual. Ele foi agredido com a fivela de um cinto por um torcedor português durante invasão ao Centro de Treinamento do Sporting no ano passado. ÉPOCA teve acesso ao relatório produzido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal da representação do Ministério Público em Lisboa que descreve “ferimentos e dores” causados em Jorge Jesus devido à agressão do torcedor com o cinto.
Além disso, o documento relata que fogos de artifício foram disparados na direção do treinador.
De acordo com o MP, um grupo de 43 torcedores entrou sem autorização no CT do Sporting, em Alcochete, por volta das 17h do dia 15 de maio de 2018. Eles traziam “rojões, artefatos pirotécnicos, cintos e bastões” e seguiram em direção aos campos de treinamento em busca dos jogadores.
Naquele período, o Sporting acabara de perder a chance de participar da Liga dos Campeões da Europa, após uma derrota no campeonato português. Indignados com a performance do time de Jorge Jesus, o grupo de torcedores decidiu invadir o CT para agredir os integrantes da equipe.
O relatório do MP informa que, ao entrar no CT, o grupo de torcedores avistou Jorge Jesus e outros dois membros da comissão técnica, que aguardavam a chegada dos jogadores para iniciar o treino.
Neste instante, os invasores atiraram os fogos de artifício na direção do trio “com a intenção de amedrontá-los e atingi-los fisicamente”. Jorge Jesus e seus assistentes correram e conseguiram escapar desta primeira ação.
Na sequência, os torcedores seguiram em direção ao vestiário dos jogadores profissionais do clube. Diante da porta, eles encontraram Jorge Jesus e o coordenador de segurança Ricardo Gonçalves que tentaram convencê-los a não entrar.
Durante a negociação, ainda segundo o MP, um dos torcedores “com um cinto enrolado na mão, desferiu, com a fivela, um golpe no corpo de Jorge Jesus, provocando-lhe ferimentos e dores”.
Após atingir o treinador, eles conseguiram entrar no vestiário para confrontar os jogadores. Alguns atletas acabaram feridos como o atacante holandês Bas Dost, que também foi golpeado com um cinto na cabeça e recebeu pontapés ao cair no chão.
Apesar de ter sido vítima, o atual treinador do Flamengo foi arrolado apenas como testemunha do processo, fato confirmado por seus advogados.
Segundo um advogado de Jorge Jesus ouvido por ÉPOCA, ele não tem interesse pelo caso e sequer o acompanha.
Nos últimos dias, o ataque dos torcedores do Sporting foi detalhado também em depoimentos prestados na Justiça por atletas e funcionários do clube.
Na última quinta-feira (12), o meia Daniel Podence, atualmente no Olympiacos, da Grécia, disse em tribunal que Jesus “estava desnorteado” quando o encontrou. “Levou socos, cabeçadas e foi ao chão. Não vi as agressões, vi as lesões. Tinha a cara amassada. Vi o Jorge Jesus caído, perto do local no vestiário onde o Bas Dost foi agredido”, contou.
Em audiência na última terça (10), o secretário do clube, Vasco Fernandes, relatou ter visto Jesus com o nariz ensanguentado. Disse ainda que os jogadores o alertaram para não fechar a porta do vestiário porque o treinador estava do lado de fora sendo confrontado pelos invasores.
Segundo o funcionário do Sporting, os jogadores gritaram: “Não feche a porta! O homem [Jesus] está lá fora e vão matá-lo!”
O relatório do Ministério Público de Portugal mostra que a ação dos torcedores foi combinada em conversas por WhatsApp. Nas mensagens, eles prometiam “bater em todos e ponto” com pontapés e bastões.
Nas conversas, os integrantes do grupo ainda designaram quem deveria atacar quem. Um deles orientou: “Samuka fica com o Jesus”. (Fonte: Época.globo.com)

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