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BAHIA É O ESTADO COM MAIOR TAXA DE ANALFABETISMO DO PAÍS, APONTA IBGE

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Na Bahia, metade dos adultos não concluíram sequer o Ensino Fundamental, aquele que antecede o atual ensino médio. No total, são 4,6 milhões de baianos com 25 anos ou mais que tiveram que abandonar os estudos antes da conclusão do Ensino Básico obrigatório por lei. Esse é um dos resultados do módulo sobre Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), referente ao ano de 2019.
O estudo completo foi divulgado na última quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e também constatou a taxa de frequência escolar em outros locais do Brasil. O índice de não concluintes do Ensino Fundamental na Bahia corresponde a 49,3%, que é o sexto maior percentual do país e está acima da média nacional de 38,7%.
A Bahia só perde para outros cinco estados do Nordeste, que encabeçam o ranking nacional: Alagoas (54,1%), Piauí (50%), Paraíba (53,2%), Maranhão (50,9%) e Sergipe (49,8%). Já Distrito Federal (27,7%), Rio de Janeiro (27,5%) e São Paulo (29,0%) tiveram os menores índices.
Se a taxa de não concluintes do Ensino Fundamental já é alta, consequentemente, a do Ensino Médio é maior: quase 60% dos adultos baianos não terminaram essa etapa da formação acadêmica.
São 5,53 milhões de baianos que não têm os 11 anos de estudo básico exigido em lei.
No caso do Ensino Superior, apenas 11% dos baianos adultos concluíram alguma graduação, o que coloca o estado numa posição de destaque entre os piores índices do país, ao lado do Maranhão (9,1%) e Pará (11,1%). No Brasil, o índice geral é de 17,4% da população que terminou algum curso superior. O estado com o maior percentual é o Distrito Federal (33,8%).
Entre os que concluíram a universidade, as desigualdades por sexo e, sobretudo, por cor ou raça são mais marcantes. Enquanto 13,3% das mulheres tinham Nível Superior em 2019, o percentual entre os homens é de 8,7%. Já o percentual de pessoas que se declaram brancas com Nível Superior é quase o dobro dos que se declaram pretas ou pardas: 18,5% frente a 9,6%.
ALFABETIZAÇÃO
Se o nível de instrução acadêmica dos baianos é relativamente baixo o reflexo disso se dá em outros aspectos. Pela terceira vez seguida, o analfabetismo na Bahia cresceu e atingiu uma taxa aproximada de 13% de baianos adultos que não sabem ler nem escrever um bilhete simples.
Esse aumento fez com que o estado ultrapassasse o total de 1,5 milhão de analfabetos.
Desde que esse estudo começou a ser realizado, em 2016, a Bahia sempre esteve com o maior número de pessoas analfabetas entre todos os estados brasileiros. São 45 mil pessoas a mais, em comparação com o resultado obtido na primeira Pesquisa por Amostra de Domicílios, o que demonstra que estamos longe de atingir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) em erradicar o analfabetismo até 2024.
Além da Bahia, seis estados brasileiros também tiveram aumento no número absoluto de analfabetos entre 2018 e 2019, quatro do Nordeste. Isso contribuiu para que a região fosse a única do Brasil a apresentar alta na taxa de analfabetismo entre 2018 (13,87%) e 2019 (13,90%), um aumento percentual pequeno, mas estatisticamente significativo para um indicador que vinha em queda.
Na Bahia, 89% dos analfabetos têm 40 anos ou mais de idade e pouco mais da metade (54,8%) são idosos. Além disso, a taxa de analfabetismo dos adultos que se declaram pretos ou pardos (13,5%) é superior à dos que se declaram brancos (10,4%). Entre os idosos, a diferença é bem maior: 39,2% dos pretos ou pardos são analfabetos, frente a 26,9% dos brancos.
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