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O CRESCIMENTO DE MORO NAS PESQUISAS – Por Ricardo Guedes E SÉRGIO MORO AGRADECE – Por Ricardo Rangel

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O Supremo Tribunal Federal anulou as decisões do juiz Marcelo Bretas na Operação Fatura Exposta, derrubando pela primeira vez uma condenação contra Sérgio Cabral. A decisão abre a porta para anular outras condenações do ex-governador do Rio.
O Tribunal Regional Federal do Distrito Federal anulou o processo que condenou o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha a sua maior pena.
Diante da iminente prescrição de pena (resultante da anulação, pelo STF, do processo), o MP do Distrito Federal desistiu de apresentar nova denúncia contra o ex-presidente Lula e pediu o arquivamento do caso do triplex de Guarujá.
O STF decidiu manter o foro privilegiado de Flávio Bolsonaro na investigação das “rachadinhas” e anular os relatórios do Coaf que embasavam as investigações. Semanas antes, o Superior Tribunal de Justiça já havia anulado as decisões proferidas contra do senador. A investigação contra Zero Três está zerada.
De forma torta, a Justiça brasileira parece determinada a provar que Sergio Moro é 1) a única esperança para combater a corrupção no Brasil, e 2) o verdadeiro candidato antissistema.
Se depender da Justiça, Moro vai ser eleito. (Fonte: Veja)

O CRESCIMENTO DE MORO NAS PESQUISAS – Por Ricardo Guedes

O crescimento de Moro provém exclusivamente dos votos de Bolsonaro, não da 3ª via, por enquanto. Moro hoje com 8% e Bolsonaro com 24% somam exatamente os 32% de votos que Bolsonaro obteve no total do eleitorado no 1º turno em 2018. É como se Bolsonaro fosse a direita da direita, sempre interessado em soluções autoritárias e na quebra da ordem democrática; Moro também à direita representado o conservadorismo político e a visão legalista, em sua forma enfática e intransigente. Ambos representam atitudes não muito políticas para governar e sem grande lastro gerencial. Vamos ver se Moro poderá se estender além de seu voto para o campo da 3ª via.
Lula, por outro lado, situa-se hoje no centro-esquerda com 43% e Ciro Gomes com 5%. Ambos somam 48% do eleitorado. Lula e Ciro apresentam perfis de voto muito semelhantes. Ambos prevalecem no Norte e Nordeste, entre os mais novos, menos renda e menos escolaridade. Ambos correm na mesma faixa.
Ao centro, por assim se dizer, situam-se hoje Doria, Mandetta, Pacheco, Tebet e Vieira, somando cerca de 5%.
A pesquisa Sensus ISTOÉ identificou que cerca de 62% do eleitorado poderia votar em um candidato que não fosse nem Lula, nem Bolsonaro. É um número expressivo e crescente, comparado aos 35% a 40% obtidos em pesquisas anteriores. Mas os candidatos da 3ª via não têm apelo e nem projetos que possam hoje convencer o eleitorado. A possibilidade de 62% virem a votar em outros candidatos não significa uma rejeição a Lula e Bolsonaro, mas uma escolha caso se assim fosse. Falta quem vista o figurino.
Assim ocorreu nas eleições dos Estados Unidos em 2020. Trump apresentava rejeição impeditiva para a sua reeleição, e Sanders começou a subir como alternativa de centro-esquerda. A insistência de Sanders no uso da expressão socialismo e na maior regulamentação do mercado financeiro causou sua queda, gerando vácuo ao centro. Bloomberg então se ofereceu como alternativa, no momento exato em que o eleitor começou a pinçar Biden, então com pouca expressão, como solução para o vácuo existente. Para eleger um candidato o eleitor às vezes unta este candidato de qualidades que ele possa não ter, transformando-o em um líde
Os candidatos têm seus limites. O Lula conciliador é melhor do que o da ruptura, e Lula será cobrado sobre corrupção em governos anteriores. Já a Lava Jato, certamente meritória, incorreu em excessos jurídicos e contribuiu na derrocada da economia, com a criminalização da pessoa jurídica. Ciro tem dificuldades tradicionais de inserção no eleitorado. E Bolsonaro inspira rejeição pela condução da economia e por estigma.
As eleições hoje estão significativamente polarizadas entre Lula e Bolsonaro, mas erros de ambos os lados, se permanentes e persistentes, podem levar o eleitor a querer preencher o vácuo na reta final das eleições. Esta é a lógica do processo, no momento. (Fonte: Metrópoles)

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