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GANDU 61 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLITICA – UM POUCO DA HISTORIA

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HISTÓRIA
Oficialmente, em 1903, quem primeiro visitou essas matas foi o Coronel Barachisio Lisboa acompanhado do engenheiro Horácio Lafer e Mesquita, reivindicando-as para o município de Santarém (Ituberá).
No dia 6 de maio daquele mesmo ano, tal reivindicação era afinal reconhecida pelo governo do estado da Bahia. E quando o pequeno veleiro aportava no cais de Santarém (Ituberá), levando notícia tão importante e esperada, o lar do velho Barachísio Lisbôa era enriquecido com o nascimento que tomou, em razão das alegrias do evento, o nome de Vitória Libânio, tal personagem era a esposa de Manoel Libânio Da Silva Filho ” Maneca Libânio”, a quem muito devem o comércio, a política e toda a sociedade ganduense.
Logo depois, Joaquim Monteiro da Costa se fixou na Fazenda Paó. Na mesma, época migravam para esse território Manoel Cirilo de Carvalho e D. Rosalina Moura de Carvalho, formando a Fazenda Gavião na vila nova de Nova Ibiá e Salustiano Borges, donatário da fazenda Bom Jardim.
Em abril de 1904, um negro cortês e de jeito nobre – Fulgêncio Alves da Palma iniciava na zona do Braço do Norte, o plantio da fazenda Jenipapo.
Ainda no começo do século, precisamente no primeiro trimestre de 1907, visando investir na produção cacaueira, vindo da cidade de Areia, hoje Ubaíra, chegavam nestas matas José Amado Costa e Gregório Monteiro da Costa, mais conhecido este como Góes Monteiro, ambos lavradores em busca de solo fértil para a cultura do cacau. José Amado Costa se fixou nesta área, comprando uma fazenda e levantando casa em frente de um pé de pequi, onde nas noites frias da terra chuvosa e úmida, dormia um corujão onde construída a igreja matriz São José, sugerindo ao migrante o nome “Corujão” para a fazenda adquirida.
Esta é a origem histórica desta cidade, que nasceu sob a sombra daquele majestoso pequi existente onde é hoje a praça São José.

Quanto ao Gregório Monteiro da Costa irmão do principal desbravador, plantou mais adiante suas primeiras roças de cacau no lugar que tomou o nome de Paiol para ser convertido posteriormente, acreditamos que por corruptela de assalariados agrícolas, no designativo simples e atual de “Paó”. Outra versão é a de que o nome decorreria dos trinos de um pássaro com semelhante som, ou da existência de muitos pássaros com essa nome sempre em revoada no local.
Em 1919, Corujão já era um arraial de 37 palhoças e 15 casas de taipa. A construção de casas de taipas e palhoças para abrigar a população local, contribuiu para a formação do arraial “Corujão”. O desenvolvimento desse arraial proporcionou o surgimento da vila nomeada de “Gandu”, tomando o mesmo nome do rio Gandu que o banha e tem nascente na serra da “pedra-chata”. Habitavam muitos jacarés guandus nesse rio e nas lagoas da época, por isso a inspiração do nome atual da nossa cidade. Pois os dois rios que banham essa cidade eram “habitat” natural desses jacarés. E é por isso também que a bandeira ganduense tem como símbolo um jacaré.
O vocábulo Gandu veio do tupi candua ou candu = (Caa = ‘mato’+ u = ‘rio’), (o ü que o luso atolado transformou em y = ‘rio’), isto é, “caaú”, eufonicamente “candu ou gandu” que significa ‘rio do mato’.

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
Em 6 de Agosto de 1920, a vila pertencente a Ituberá, tornou-se distrito. Este foi crescendo com o trabalho do seu povo a ponto de levantar um movimento para sua emancipação política, tendo a frente grandes nomes da terra, liderados pelo deputado estadual Nelson David Ribeiro (nome dado ao hospital da cidade).
Essa luta não foi em vão e, através do decreto estadual n°1008 de 28 de Julho de 1958, no governo de Manoel Libânio da Silva, foi concretizada a emancipação política de Gandu, tornando-se distritos dessa cidade, os povoados de Nova Ibiá e Itamari, que pertenciam ao município de Ituberá.
Em 1958, com o Decreto Estadual nº 1.008, de 28 de julho do mesmo ano, foi criado o município de Gandu, desmembrado, assim, de Ituberá e constituído dos distritos de Gandu (sede), Nova Ibiá e Itamari” (Hoje, Nova Ibiá e Itamari são municípios)”.
A política na cidade sempre foi alvo de muitas disputas.
Os governantes do município foram:

Manoel Libânio da Silva Filho (1959–1963) / Orlando Pitágoras de Freitas (1963–1967) / Eliseu Cabral Leal (1967–1970)

Ezequias Clementino da Silva (1970–1971) / Almir Pereira da Silva (1971–1973) / Adelson Lavigne de Mello (1973–1977)

Eliseu Cabral Leal (1977–1 de Setembro de 1980) – Assassinado. Vice-prefeito assume o cargo. / Almir Ramos Carneiro (1980–1982) – Emenda Anísio de Souza estende o mandato dos prefeitos por dois anos, adiando as eleições para 1982. / Dr. Fernando Guedes de Andrade (1983–1989)

Nelson Leite Leal (1989–1993) / Dr. Fernando Guedes Andrade (1993–1997) / Antônio Carlos Farias Nunes (1997–2000)

Manoel Dantas Cardoso (2001–2004 – 2004–2008) / Dra. Irismá Santos da Silva Souza (2009–2012) / Ivo Sampaio Peixoto (2013–4 de abril de 2016) – Renuncia ao cargo devido a problemas de saúde. Vice-prefeito assume.

Djalma dos Santos Galvão (2016) / Leonardo Barbosa Cardoso (2017 – até presente data).

GEOGRAFIA
Latitude: 13°74′ S Longitude: 39°48′ W
Área: 243,15 quilômetros quadrados.
Densidade demográfica: 125 hab/km²
População: 30.329 pessoas
Clima: Quente e úmido
Temperatura média anual: 25°
Média das máximas: 34°
Média das mínimas: 16°
Precipitações pluviométricas: 1.100mm/ano
Relevo ondulado, Serras: Geral, Papuã (Aricanguá) e Gandu
Rio mais volumoso: Rio Gandu.
LOCALIZAÇÃO
A 290 km de Salvador (capital baiana) por via rodoviária e 140 km em linha reta.
Gandu está situado às margens da principal rodovia federal: BR-101, que liga a capital do estado à região. Situa-se a 145 km de Itabuna e 160 km de Ilhéus.

LIMITES
Gandu – Itamari: Começa no marco confrontante à nascente do Riacho Tabocas de cima e seguem em reta a uma grande pedra que serve de marco no alto da serra do Gandu, daí em reta, ao marco da fazenda Boa Vista e daí em reta, ao marco do lugar pimenteiras, próximo ao Riacho Tesoura.
Gandu – Wenceslau Guimarães: Começa no marco do lugar pimenteiras, próximo ao Riacho Tesouras e segue em reta ao marco do lugar Clarice, pertencente ao município de Wenceslau Guimarães, daí em reta até a foz do Riacho Mineiro, no rio Gandu; daí em reta em direção à foz do Riacho Tiriri no Rio do Peixe, até encontrar a reta de direção norte-sul, tirada da nascente do Riacho da Caraíba.
Gandu – Nilo Peçanha: Começa no encontro da reta da direção norte-sul tirada da nascente do Riacho da Caraíba, com a reta tirada da foz do Riacho Mineiro no Rio Gandu para a foz do Riacho do Peixe e segue por esta última até a foz do Riacho Tiriri.
Gandu – Ituberá: Começa na foz do Riacho Tiriri no Rio do Peixe e segue em reta até alcançar o extremo norte do divisor de águas entre as bacias dos Rios do Peixe e braço do Norte, seguindo por todo este divisor de águas até encontrar a serra do papuã ou Geral o marco do extremo da reta de direção norte, tirada da nascente do Rio Dois Irmãos.
Gandu – Barra do Rocha: Começa no divisor de águas da Serra do Papuã nas proximidades da nascente do Ribeirão Aricangá e segue por este divisor de águas até o marco fronteiro a nascente do Ribeirão Vermelho.
Gandu – Ibirataia: Começa no marco fronteiro a nascente do Ribeirão Vermelho no divisor de águas da Serra do papuã ou Geral e segue por este divisor até o marco fronteiro a nascente do Riacho Tabocas de cima.
Gandu – Nova Ibiá: Começa no marco do lugar Pimenteiras, à margem do Rio Tesouras e segue em reta até o Rio Gandu na foz do Riacho São Rafael ou Rio Ganduzinho.

HIDROGRAFIA
A hidrografia da cidade é formada pelos rios: Gandu (foto), com nascente na Pedra Chata, Ganduzinho, Rio do Peixe, Rio Braço do Norte que se localizam na bacia do leste e por afluentes considerados riachos como Tabocas de Cima, Tesoura e Mineiro.
Na década de 1950, o Rio Gandu era habitado por jacarés guandus. A água era limpa e utilizada pelos habitantes da cidade. As águas do rio foram poluídas pela canalização dos esgotos, feira livre, mercado municipal e resíduos depositados pelas famílias que moram às suas margens.
PAISAGEM
A paisagem natural de Gandu é formada por morros, montes, serras, planície, campos, rios, lagos e riachos. Na cidade, há presença reduzida da Mata Atlântica e vegetação de pastagem. A área desenvolvida para o cultivo do cacau forma uma paisagem artificial.
A cidade possui áreas elevadas como os bairros Bela Vista, Teotônio Calheira, Almir Ramos Carneiro e Emília Costa.
Há também áreas planas como as Praças Simões Filho e Mário Andreazza e as Ruas Sidrack Souza e Landulfo Alves.
VEGETAÇÃO
A vegetação é um reflexo da paisagem, marcando aspecto visual da cidade. A exuberância da área ganduense nas décadas de 1950 e 1960 era formada basicamente pela Mata Atlântica, onde existiam várias essências florestais, como Jacarandá, Peroba-rosa, Pau-d’arco, Piqui, Jequitibá, Putumuju, Maçaranduba, Vinhático, dentre outras. Grande parte da vegetação do município foi derrubada e queimada para implantação de pastagens e principalmente a cultura do cacau. Tendo como consequência uma forte alteração no ecossistema local.
COMUNICAÇÃO
O município de Gandu, dispõe de rede telefônica ligada ao sistema DDD (discagem direta à distância) e sistema de telefonia celular.
Existem uma agência dos Correios, uma receptora do sinal de televisão através da torre repetidora de TV mantidas pela prefeitura para vários canais: Rede Globo, Band, Record, Rede Vida e SBT, além de antenas parabólicas e TV por assinatura.
Atualmente a cidade possui duas emissoras de rádio em funcionamento, a Rádio Gandu FM e a FM Vitória.
Como organizações representativas na comunidade podemos citar: Loja Maçônica, Sindicato Rural Patronal – Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Motoristas de Gandu (SCRAVG), Cooperativa Agrícola de Gandu, (COOPAG), Cooperativa dos Produtores de Leite da Região de Gandu (COOLERG), Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), Associação do Desenvolvimento do Baixo Sul (ADEBASUL) e Associação dos Moto-Taxistas (AMOTOGAN).
RELIGIÃO
Evangélicos:

1ª Igreja Batista em Gandu
Igreja Adventista do Sétimo Dia
Igreja Batista Maranata (foto)
Igreja Mundial de Jesus Cristo
Assembleia de Deus
Igreja Evangélica Internacional Shekynah
Igreja Batista Betel
Igreja Batista Missionária
Igreja Deus é Amor
Igreja Batista Central
Igreja Presbiteriana.
Igreja Missão de Jesus
Igreja Avivamento Bíblico
Igreja Internacional Jesus é o Caminho
Igreja do Evangelho Quadrangular
Igreja Cristã Maranata
Igreja Evangélica Pentecostal Beulah

Católicos:
Igreja Matriz São José
Igreja São Roque.
Igreja Nossa Senhora Aparecida.

Espiritismo:

Núcleo Assistencial espírita – NAE
Centro Espírita Obreiro da Luz – CEOL (foto).

Outros:
Salão do Reino das Testemunhas de Jeová.
Igreja Universal do Reino de Deus

HINO DO MUNICÍPIO DE GANDU
Letra por Lourival Bispo dos Santos
Melodia por Lourival Bispo dos Santos

I
Avante, avante, gandu ao futuro No teu passado aprendi amar Esta terra e este povo Se digne Deus abençoar O Brazão de armas mostra Que tens um povo capaz de lutar Na arte e na cultura Somos fortes e vamos sempre conquistar
C O R O
Gandu, Gandu Esse é o grito que nos faz irmãos. Educar é tua bandeira A moradia é o teu pendão Gandu, Gandu Esse é o grito de união Gandu faz parte do jardim de Deus (bis) Gandu está no meu coração
I I
Como a beleza deste solo faz A agricultura ser um patamar De riqueza infinita Para avanço o social No cenário do Brasil Contido está tua evolução Hoje és Gandu, Gandu Antes eras tú, simple Corujão
I I I
Salve, salve os desbravadores Que pisaram firme nesse chão Disseram sim ao progresso Viva os heróis da emancipação Modificaram a história Com muitas glórias Gandu, hoje está Esta terra tão querida O meu canto é livre; sempre te amar.
(Fonte: Wikipédia / Fotos: Arquivo pessoal)

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