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CEIA DE NATAL PARA POUCAS PESSOAS: SAIBA COMO EVITAR EXAGERO E DESPERDÍCIO

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Que a ceia de Natal deste ano será atípica, ninguém tem dúvida. O bom senso pede reuniões menores, que agreguem apenas o núcleo familiar, prevenindo a maior disseminação do coronavírus. Mas se sobra certeza sobre a necessidade da precaução, falta prática para organizar refeições adequadas à quantidade reduzida de pessoas. Nessas horas, planejamento, criatividade e adaptação são essenciais.
Por ser uma festa que tradicionalmente reúne muita gente, as receitas costumam ser generosas, quase beirando o exagero. A solução, para isso, é fácil: basta fazer os cálculos e diminuir a quantidade de ingredientes para preparar versões menores da maioria dos pratos. Entretanto, alguns clássicos são naturalmente grandes, caso do peru, símbolo da ceia natalina.
Uma ave de tamanho médio, por exemplo, pesa de 4 a 5 quilos e serve, no mínimo, 15 porções. Para quem não abre mão ou não encontra versões menores para comprar, uma das saídas é já considerar o posterior congelamento.
A grande estratégia deste Natal é congelar o que não for consumido, pensando, inclusive, no Ano-Novo”, opina a nutricionista Luciana Harfenist.
No freezer, os assados podem ser mantidos por até três meses e devem ser descongelados naturalmente, na geladeira, antes de serem usados em outras composições.
Outra maneira de seguir a tradição com o peru à mesa é desmembrá-lo e usar as partes em receitas diferentes – servir coxas e asas assadas, usar lascas da carne no preparo do salpicão, da farofa ou mesmo de uma bela salada e assim por diante.
“Antes mesmo da ceia, pode-se fatiar os cortes principais e servi-los com molho de vinho e ameixas e utilizar as aparas ou os cortes menos bonitos para uma salada de batatas ou uma salada Waldorf – feita de nozes, maçã verde, salsão, maionese e iogurte e que fica mais gostosa com peru”, exemplifica Cristian Baue, head chef do Chalezinho.
UMA TERCEIRA SUGESTÃO – e provavelmente a mais adequada – é substituir o tipo de carne a ser servida. Chester, pato, frango e mesmo galeto também fazem bonito à mesa e têm tamanho proporcional ao número de pessoas que vão participar a ceia. O tender é outra boa opção para substituir a ave, mesmo sendo um pernil suíno defumado.
MAIS TROCAS BEM-VINDAS – Na opinião do chef Carlos Bertolazzi, do Zena Caffè, nas ceias natalinas não podem faltar peru, tender, pernil ou lombo suíno e algum prato à base de frutos do mar. Para criar uma refeição menor, pode-se eliminar algumas opções do menu ou fazer adaptações. Ele sugere, por exemplo, assar apenas o peito de peru (em vez da ave inteira) e recheá-lo. “É possível fazer tipo um rocambole, cortando fatias menores e servindo menos gente”, diz.

Outro clássico da noite de Natal é o bacalhau. Nesse caso, em vez dos tradicionais pratos que levam postas, é melhor optar por receitas feitas com lascas. “Além de mais baratas, são vendidas em menor quantidade”, observa o chef Aldo Teixeira, do La Forchetta. Até patês com bacalhau são boas pedidas para a ceia.
Já o salpicão, que é um prato de preparo mais trabalhoso, pode ser substituído por uma bonita salada de macarrão ou de folhas mais incrementadas, caso da rúcula com manga verde, como sugere o chef Thiago Moreira Porto, da Biscoito Fino Torteria. Para ele, Natal é agridoce e, por isso, a mistura de sabores é essencial para dar gosto de ceia.
“Não precisa de muito. Basta ser algo diferente do que se está acostumado no dia a dia. Um frango ao molho de laranja ou limão-siciliano ou marinado em molho de ervas já cumpre bem esse papel”, mostra.
Para completar o combo perfeito, bastam arroz branco ou temperado (com brócolis ou com amêndoas) e farofa que combine sabores e texturas.
Rabanada e panetone também são clássicos que não devem faltar à mesa.
Como sobremesa, uma torta doce com sorvete, é mais que suficiente para uma ceia intimista”, diz Thiago.
Aposte em porções individuais O chef Gustavo Pereira, do Partager Gastronomia, acredita que este será “o Natal da conscientização, da família bem mais próxima e do não-desperdício, já que tem muita gente desempregada, sem condições de investir em uma ceia abastada”.
Também será o Natal da individualidade dos pratos, que serão porcionados e pequenos, como finger food, até por receio de as pessoas respirarem ou mesmo tossirem em cima do prato dos outros”, argumenta.
Por conta da covid, também é melhor evitar pratos que são compartilhados, do qual todo mundo precisa se servir. “Optando por porções individuais, de saladas, de carnes já picadas e até de sobremesa preparada em taças, consegue-se ter um controle maior inclusive de distanciamento social”, reforça.
QUANTO ALIMENTO PREPARAR? – Para facilitar a montagem do cardápio, leve em conta que um homem come, em média, 700 gramas em uma ceia de Natal, considerando entrada, prato principal e sobremesa. “Já a mulher consome em torno de 600 gramas e uma criança, aproximadamente 350 gramas”, lista Vitor Boico, nutricionista e gastrônomo, sócio proprietário da Inov3 – Soluções em Alimentos.
A partir dessa referência, pense em pratos seguindo a preferência do grupo. Considere a quantidade de alimentos a seguir, sugerida por Vitor, para cada prato. (Fonte: UOL)

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