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BOLSONARO SEMPRE SERÁ O SUB, DO SUB, DO SUB DE DONALD TRUMP

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Coincidência ou não, observou o presidente Jair Bolsonaro ao fim do seu encontro de mais de duas horas com Vladimir Putin, bastou que ele chegasse a Moscou para que começasse a retirada de tropas russas que cercavam a Ucrânia.
Os bolsonaristas daqui e de além dos sete mares celebraram o prodígio do seu líder. O resto do mundo, não. Naquele dia, 16 de fevereiro de 2022, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, anunciara justamente o contrário.
Não só 150 mil soldados russos permaneciam nas fronteiras com a Ucrânia à espera da ordem de invasão, como haviam sido reforçados por mais 40 mil. Era o que mostrava fotos de satélites. Bolsonaro aproveitou a ocasião para solidarizar-se com a Rússia.
Bem que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil advertira Bolsonaro para os riscos da viagem. O que mais se temia aconteceu: uma declaração desastrada como a que Bolsonaro fez, e a confirmação do seu fascínio por governantes autoritários.
Um assessor de Bolsonaro notou que ele estava muito nervoso pouco antes de ser admitido na sala onde Putin o receberia. Para tal, cumpriu todas as exigências do governo russo, entre elas a de submeter-se a cinco exames contra a Covid.
O presidente da França e o chanceler da Alemanha também foram examinados, mas por médicos dos seus países. Bolsonaro, não. Se quisesse aproximar-se de Putin, teria de ser examinado por médicos russos, abdicando da exclusividade sobre seu DNA.

De todo modo, a viagem foi um lance de audácia de Bolsonaro, interessado em demonstrar que não é um governante isolado, embora seja. Ele não fazia ideia de que em breve seria superado por outro lance do seu mentor, Donald Trump.
Em entrevista gravada na última terça-feira, Trump chamou Putin de “genial” e de “pacificador”, e disse que o apoiava no conflito com a Ucrânia:
“É um movimento genial. Ele vai entrar lá como um pacificador. Esta é a força de paz mais poderosa que já vi. Poderíamos fazer algo parecido em nossa fronteira sul. Isso é maravilhoso”.
“Eu conheço Vladimir Putin muito bem, e ele nunca teria feito sob o governo Trump o que ele está fazendo agora, de forma nenhuma”.
Sobrou, naturalmente, para Biden, em quem Trump deu mais uma estocada:
“Se gerida corretamente, não havia absolutamente nenhuma razão para que a situação se precipitasse na Ucrânia”.
Continua sendo investigada nos Estados Unidos a suspeita de que o governo de Putin, por meio de hackers, interferiu nas eleições americanas de 2016 para favorecer Trump e derrotar Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata.
Bolsonaro, seu filho Carlos, o Zero Dois, e alguns ministros de sua comitiva esperavam voltar de Moscou com a promessa de serem ajudados a vencer as eleições de outubro próximo. Em matéria de ousadia, por ora, Bolsonaro está a milhas de distância de Trump. (Fonte: Metropoles)

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