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São tantas Marias, Neusas, Jailmas, Graças, Manoelas espalhadas pelo país, com suas belezas, suas diferenças e semelhanças. São tantas Anas, Déboras, Paulas, Danieles, Elienes e Janetes pela Bahia, Brasil e mundo afora, separadas pela distância, mas unidas pelos mesmos anseios e angústias. Mulheres que lutam contra o machismo, o racismo, o preconceito e tantas outras questões. Mulheres vivendo e sobrevivendo em meio a tantas desigualdades, mulheres fortes que vencem a lida diária.
E a situação piora de acordo com sua cor de pele, as mulheres pretas agora estão acorrentadas pela sociedade que prega a liberdade, mas está carregada de exclusão. Uma sociedade que continua a perpetuar desigualdades em função da cor da pele. É o que a autora Grada Kilomba fala, sofre duas vezes, por ser mulher e por ser negra.
Infelizmente, é notório que as mulheres negras estão inseridas nas piores faixas de desigualdades, pois sofre um duplamente, triplamente…, ficando abaixo dos demais grupos economicamente ativos da população. Muito se mudou, mas ainda estamos ensaiando esse espaço democrático de participação de direito dessas pretas que são nossas guerreiras.
ZENILDO SANTOS SOUZA-ZOOM – Psicólogo e educador; Mestre em Ensino e Relações Étnicos Raciais, pela UFSB, com especialização em TEA – Transtorno do Espectro Autista e Psicopedagogia. Atua na saúde com atendimentos na psicologia pediátrica e na educação.
*O artigo não reflete necessariamente a opinião do blog (contrariamente aos editoriais, que são a posição oficial)
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