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(OPINIÃO): MELHORAR O IDEB, UM DOS GRANDES DESAFIOS DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE ITAMARI – Pelo Prof. Nelson Ribeiro

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O Ideb é o principal indicador da qualidade da educação básica no Brasil. Para fazer essa medição, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) utiliza uma escala que vai de 0 a 10. Criado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Educacional Anísio Teixeira (Inep) em 2007, o Ideb sintetiza em um único indicador dois conceitos importantes para aferir a qualidade do ensino no país, ele considera o fluxo escolar, aprendizado, aprovação e reprovação das escolas públicas e privadas brasileiras.
Com o Ideb, ampliam-se as possibilidades de mobilização da sociedade em favor da educação, uma vez que o índice é comparável nacionalmente e expressa em valores os resultados mais importantes da educação. O Ideb também é importante por ser condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do PDE para a educação básica. O Plano de Desenvolvimento da Educação estabelece, como meta, que em 2022 o Ideb do Brasil seja 6,0 – média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos.
O Ideb, faz parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) que é é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, o Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências.
O Ideb portanto, é um número, um indicador que busca mensurar a qualidade da educação brasileira. Os resultados da avaliação Saeb, do outro lado os resultados do censo escolar tais como aprovação, reprovação e evasão escolar. Quanto mais próximo de dez, melhor é a avaliação da educação. Infelizmente, o nosso Ideb nacional de 4,4 no ano de 2017 nos deixa distante de uma situação ideal ou pelo menos da nota 6. O Ideb revela nossas fraquezas, nossos déficits de aprendizagens e onde devemos melhorar.
No caso particular de Itamari, conforme os dados públicos revelam uma situação um tanto vexatória na educação pública municipal. O Ideb 2017 e 2019 nos anos finais da rede municipal, conforme os dados oficiais “não atingiu a meta, teve queda e não alcançou 6,0. Precisa melhorar a sua situação para garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado”. Por dois períodos consecutivos, o 9º ano dos Anos Finais do Ensino Fundamental do Colégio Roberto Santos “zerou“ as notas do Ideb.
Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a situação é bem melhor, a Escola Waldemar Pereira Luz, conseguiu ficar acima da meta em 2017 e 2019, mesmo caindo de 4,6 em 2017 para 4,1 em 2019. Segundo as informações oficiais, tendo assim, o desafio de buscar garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado.
O que fazer? Muito se fala sobre a importância de elevarmos o nível de qualidade da educação, que é uma das bases para o tão sonhado desenvolvimento brasileiro. Como diria o mais notável pensador e educador da contemporaneidade Paulo Freire, “…EDUCAÇÃO TRANSFORMA PESSOAS. PESSOAS TRANSFORMAM O MUNDO”.
Sabemos dos desafios no ensino público e da dificuldade com questões práticas no dia a dia das escolas. Para reverter a situação é preciso trabalhar com foco, planejamento e inteligência. Precisa-se estimular o hábito de leitura dos estudantes: oficinas de teatro, escrita de livros e outras práticas lúdicas ligadas à interpretação de textos, são projetos que estimularão o hábito da leitura nos alunos. São atitudes relativamente simples, que desenvolverão a capacidade crítica e analítica dos estudantes.
Oferecer aulas de contraturno: se possível, disponibilizar aulas de reforço e atividades extracurriculares (como xadrez, futebol de salão, etc) para alunos que desejam sanar suas dificuldades e ter opções para estimular o aprendizado fora da sala de aula. Essas ações podem trazer maior motivação por atividades que, além de entreter, geram estímulos para acelerar o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Estabelecer metas para as políticas pedagógicas: a escola precisa ter um projeto político pedagógico baseado em metas reais em curto, médio e longo prazo. Também é importante realizar diagnósticos contínuos para avaliar os erros e propor estratégias de melhoria. Além disso, é preciso desburocratizar processos através da informatização, a informatização poupa tempo, imagine que esse tempo economizado poderá ser utilizado para preparar aulas atrativas e garantir a aprendizagem em sala de aula! Além, é claro, de trazer informações mais ágeis e precisas na hora de tomar uma decisão. Além do mais, investir em uma infraestrutura de ponta: boas quadras, uma biblioteca bem equipada, laboratórios eficientes e uma sala de informática com as ferramentas necessárias para o ensino são bons exemplos de ambientes que não podem ficar de fora, aproveitar as vantagens de uma plataforma de ensino, capacitar os professores e colaboradores, desenvolver as habilidades socioemocionais dos alunos, Investir em atividades extracurriculares, dar o devido valor para a pesquisa, buscar a inclusão de novas metodologias, fazer bom uso da tecnologia no ambiente escolar e incentivar a integração dos pais na educação de seus filhos.
Sendo assim, precisamos refletir sobre a prática que tenha como objetivo a aprendizagem do aluno, não apenas melhoras no Ideb. Aluno que aprende, aprende! E vai bem em qualquer tipo de exame ou avaliação externa. O objetivo geral da escola não deve ser melhorar o IDEB (ou qualquer outro sistema de avaliação). O objetivo deve ser a efetivação da aprendizagem e como consequência, o aumento do indicador de qualidade.

(NELSON RIBEIRO FILHO, Mestrando em Educação, especialista, Professor das redes Estadual e Municipal de ensino e é o administrador do grupo TRIBUNA LIVRE DE ITAMARI. Também idealizador da Itamari Kakau’s)
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